Pais de suspeito de tiroteio em escola de Michigan negam acusações

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Uma juíza de Michigan estabeleceu fiança de US$ 500 mil para cada um dos pais de um adolescente acusado de assassinar quatro colegas de escola, após as autoridades deterem o casal, em uma perseguição que atraiu muita atenção.

Em uma ligação por vídeo da prisão, James e Jennifer Crumbley se declararam inocentes de quatro acusações de homicídio culposo.

A promotora do condado de Oakland, Karen McDonald, afirmou à audiência que os Crumbleys retiraram US$ 4 mil em um caixa eletrônico, enquanto as autoridades os procuravam e ainda eram considerados um risco de fuga.

“Não são pessoas que podemos ter certeza de que retornarão ao tribunal sozinhos”, disse.

As autoridades começaram a procurar o casal, após promotores do condado de Oakland anunciarem, nessa sexta-feira (3), que eles seriam processados por homicídio, por ligação com o massacre no campus. Promotores disseram que os Crumbleys compraram a arma para o filho de presente de Natal e ignoraram os sinais de alerta, incluindo o dia dos assassinatos.

A juíza Julie Nicholson afirmou hoje que tinha “certa preocupação com o risco de fuga” representado pelo casal, depois de não terem comparecido ontem para responder às acusações.

Eles foram levados sob custódia ao que “parecia ser um prédio residencial”, disse o porta-voz da polícia de Detroit, Rudy Harper, nas primeiras horas de hoje.

“Nós os prendemos”, disse Harper, ao ser questionado se os pais haviam se entregado, acrescentando que eles estavam tentando escapar quando foram detidos.

O chefe da polícia de Detroit, James White, informou, em entrevista coletiva, que o casal não havia invadido o prédio onde foi detido, mas que alguém havia permitido que entrasse.

O filho de 15 anos do casal, Ethan Crumbley, está sendo detido sem direito a uma fiança e foi denunciado como adulto, suspeito de ter realizado o massacre com mais mortes em uma escola nos Estados Unidos em 2021, na terça-feira, na Oxford High School, cerca de 60 quilômetros ao norte de Detroit.

Fonte: Maria Ponnezhath – Repórter da Reuters – Londres
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