A Prefeitura de Sorriso fará na próxima segunda-feira (06), o encerramento da segunda etapa do projeto ‘Aprendiz Sorriso Legal’, edição 2021. A solenidade será realizada às 19 horas, no Centro de Convivência da Pessoa Idosa (CCI).
Desenvolvido pela Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), por meio da equipe do AEPETI (Ações Estratégias do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil), o projeto prepara e busca inserir jovens de 14 a 17 anos no mercado de trabalho na condição de aprendiz.
Na primeira etapa, finalizada no mês de julho, 105 adolescentes que participaram do curso receberam o certificado de 40 horas de capacitação. Agora, são mais 43 adolescentes que concluíram a formação.
“Esses adolescentes estão preparados para o processo de seleção e aptos a serem inseridos no mercado de trabalho. Com esse projeto, os jovens têm a oportunidade de inclusão social com o primeiro emprego e de desenvolver competências para o mundo do trabalho, enquanto os empresários têm a oportunidade de contribuir para a formação dos futuros profissionais, difundindo os valores e cultura de sua empresa”, diz a secretária de Assistência Social, Jucélia Ferro.
De acordo com a gestora do AEPETI, Milana Silvia Higino Mendes, a segunda etapa teve um aumento da carga horário de cada temática, passando de 40 para 54 horas. “Foram reforçados alguns conceitos necessários para a preparação desses adolescentes para o mercado de trabalho e sobre o caminho que precisa ser percorrido para o sucesso profissional de cada um”.
Segundo ela, a edição deste ano contou com 164 inscritos. Destes, 148 finalizaram o projeto, sendo que 41 deles já foram contratados por empresas parceiras. Neste ano, 27 empresas de Sorriso aderiram ao projeto.
“Tivemos um número alto de inscritos porque muitas famílias já conhecem o projeto, porém as desistências têm razões preocupantes, pois demonstram, em alguns casos, falta de motivação desses adolescentes ou então porque acabaram migrando para o trabalho informal. O grande problema encontrado hoje que as empresas nos relatam é a falta de qualificação e comprometimento na hora da contratação e aí está uma grande vantagem da contratação de um menor aprendiz, pois esses adolescentes passam por um processo de qualificação e saem do projeto preparados para o mercado de trabalho; e o jovem que tem a possibilidade de participar da formação, se compromete com a empresa que lhe deu a oportunidade”, salienta a gestora do AEPETI.
Milana lembra que a Organização Internacional do Trabalho (OIT) prevê erradicar o trabalhar infantil até 2025. Porém, a pandemia proporcionou um aumento desse número. “Estamos num gráfico ascendente e isso é preocupante, pois estamos na contramão da proposta”, frisa.
“Selo Empresa Legal – Amiga do Aprendiz”
Conforme o cronograma, o projeto Aprendiz Sorriso Legal 2021 seria finalizado com a premiação das empresas parceiras com o “Selo Empresa Legal – Amiga do Aprendiz”. Contudo, algumas escolas técnicas parcerias do projeto tiveram dificuldades em fechar turmas com o número necessário de adolescentes para a qualificação específica e abrirão novas turmas em fevereiro. “Por conta desta dificuldade, resolvemos transferir para ano que vem a entrega da premiação, que deve acontecer ainda no primeiro semestre”, diz.
O Senac, Senai, AES- Associação Estudantil Sorrisense e o Lar Maria de Lurdes são as escolas técnicas parceiras do Aprendiz Sorriso Legal.
Autor: Fabiola Ost
Crédito de imagem: Divulgação