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Cordão da Bola Preta planeja carnaval mesmo sem desfiles de rua no Rio

© Tomaz Silva/Agência Brasil

Com o cancelamento do carnaval de rua na cidade do Rio de Janeiro em 2022, o Cordão da Bola Preta, tradicional bloco de rua da cidade, resolveu promover bailes na própria sede. A programação começa dia 20 de janeiro, dia do padroeiro da cidade, São Sebastião, quando o Bola vai fazer a já conhecida feijoada, que vai começar às 12h.

Para fevereiro, os encontros previstos são as feijoadas do dia 5 e a carnavalesca no dia 19, que já fazia parte do calendário do bloco em anos sem pandemia, as duas com início meio dia. Entre os dias 26 de fevereiro e 1º de março, período do carnaval, a diversão dos foliões vai ser nos bailes com a banda tocando as já animadas músicas que compõem o repertório da agremiação.

“A gente está fazendo uns reparos aqui na sede porque a gente está sem eventos desde 26 de fevereiro de 2020 e nos preparando para receber dignamente as pessoas na nossa sede. Tudo correndo bem, a gente pretende reabrir no dia 20 com a feijoada do Bola. Seria para marcar o retorno do Bola a sua vida social na sede”, informou o presidente do Cordão do Bola Preta, Pedro Ernesto em entrevista à Agência Brasil.

Alternativa

Na reunião que o prefeito do Rio, Eduardo Paes, realizou na terça-feira (4), com representantes dos blocos da cidade, na qual foi decidido que não haveria carnaval de rua, ele fez a proposta alternativa de apresentações em espaços fechados como o Parque de Madureira, na zona norte e no Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, na zona oeste. Pedro Ernesto disse que pela história do Bola Preta, o bloco poderia escolher o Parque de Madureira para reunir para tocar no sábado de carnaval, dia em que tradicionalmente ia às ruas do Centro da cidade.

“Madureira é a capital do samba, é sede da Portela e do Império [Serrano]. Se não pode fazer o desfile tradicional de rua no centro da cidade, a gente faria então a nossa manifestação de carnaval, ou seja, o evento do sábado, no Parque de Madureira. No mesmo dia em que a gente, normalmente, faria aqui no Centro, se transfere para o Parque de Madureira, que por ser um local fechado, poderá haver um controle da caderneta de vacinação com outros protocolos de segurança também”, defendeu.

Templo da Folia

A direção do bloco ainda cogita organizar eventos em outras datas de fevereiro até o carnaval. A intenção, segundo Pedro Ernesto, é transformar a sede do Bola no Templo da Folia. “Onde a gente vai realizar eventos praticamente de quarta a domingo com blocos coirmãos mantendo viva a chama do carnaval e da cultura do Rio de Janeiro”.

Edição: Aline Leal

Fonte: Cristina Indio do Brasil – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro
Crédito de imagem: © Tomaz Silva/Agência Brasil

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