Dique que transbordou em Minas tem nível de emergência elevado

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O dique que transbordou e inundou ontem (8) um trecho da BR-040 em Nova Lima (MG) passou para o nível 3 de emergência, por determinação da Agência Nacional de Mineração (ANM). Esse é o nível mais alto de risco e indica a possibilidade de rompimento.

Em comunicado, a ANM informou que a elevação do nível de emergência foi decidida após vistoria ao dique ontem à tarde. Caberá à mineradora Vallourec reforçar a estabilidade da estrutura. Técnicos da agência trabalham junto com funcionários da empresa para monitorar o risco de rompimento.

Segundo o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, a medida era esperada e sempre ocorre quando há movimentação da pilha de estéril (rejeitos minerais). A Vallourec informou que as atividades na mina estão suspensas desde ontem, quando ocorreu o desastre.

Por volta das 10h30 de ontem, um trecho da BR-040 próximo à saída de Belo Horizonte para o Rio de Janeiro foi inundado por lama e rejeito de minério. O incidente ocorreu após o dique transbordar por causa das fortes chuvas que atingem Minas Gerais neste fim de semana.

A enxurrada arrastou carros e caminhonetes, mas deixou apenas um ferido leve. A enxurrada seguiu para uma área de mata às margens da rodovia. Seis famílias que moram na região foram retiradas.

Ontem à noite, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais determinou a suspensão das atividades da mina até que a mineradora apresente documentos que comprovem a estabilidade da estrutura. A Vallourec informou que as atividades no local foram suspensas imediatamente após o transbordamento do dique.

Mineradora

Em nota, a Vallourec informou que a estrutura do dique permanece estável. Segundo a mineradora, a elevação do nível de alerta significa que a companhia terá de implementar medidas de emergência mais rigorosas, como a remoção de pessoas residentes na área de inundação. A companhia ressaltou que as seis famílias que moram na área foram evacuadas ontem, antes mesmo da mudança de classificação, e que está trabalhando em conjunto com as autoridades para minimizar os transtornos.

A mineradora também informou que está removendo mais de 400 animais silvestres para criadouros e viveiros credenciados por órgãos ambientais. Segundo a companhia, a Barragem de Santa Bárbara, no mesmo complexo da mina, não tem rejeitos de mineração, apenas água e sedimentos, e foi reformada para suportar chuvas intensas que ocorrem a cada 10 mil anos.

Matéria atualizada às 14h30 de hoje (9)

Edição: Graça Adjuto

Fonte: Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil – Brasília
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