A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, fez um discurso de despedida do cargo nesta terça-feira (29), durante um evento em Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul.
O governo federal entregou 2.667 títulos de propriedade rural para agricultores que vivem no Assentamento Itamarati. Na ocasião, também foi anunciada a concessão de 8.330 documentos de titulação – entre provisórios e definitivos – em 164 áreas de reforma agrária de 51 cidades do estado, de maio de 2021 a março de 2022. Nos últimos três anos, foram 12.256 títulos entregues no estado, sendo 2.133 definitivos.
No evento, que contou com a participação do presidente Jair Bolsonaro, a ministra disse que deixa a pasta nesta quarta-feira (30), três dias antes do prazo final desincompatibilização estipulado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), dia 2 de abril.
Tereza Cristina deixará o cargo para se candidatar a uma vaga no Senado pelo Mato Grosso do Sul. “Nós fizemos muito com muito pouco, porque não houve corrupção no seu governo”, disse a ministra ao presidente.
“Eu vim aqui hoje com muita emoção. É meu último dia no Ministério da Agricultura amanhã. Essa é minha última agenda aqui no meu estado como ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que muito me honrou. O presidente quis vir aqui porque ele é um sul mato-grossense de coração ”, complementou.
O nome do substituto da ministra ainda não foi definido pelo governo. Tereza Cristina defende o secretário-executivo da pasta, Marcos Montes, como seu substituto.
Evento
A cerimônia teve a participação do presidente da República, Jair Bolsonaro; da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tereza Cristina; do ministro das Comunicações, Fábio Faria; do presidente do Incra, Geraldo Melo Filho; o secretário Especial de Assuntos Fundiários do Mapa, Nabhan Garcia; e o presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro.
Com o documento de titulação em mãos, é possível pleitear investimentos e créditos destinados à agricultura.
No evento, a ministra Tereza Cristina destacou que uma das prioridades nos últimos anos foi modernizar a estrutura do Incra e otimizar o uso dos recursos para agilizar a emissão de títulos. “Viemos aqui em começo de fevereiro e fizemos o atendimento para que o lote de vocês pudesse ser liberado e que vocês pudessem ser proprietários da sua terra”, disse. Ela acrescentou que as famílias “podem vender, passar para seus filhos e produzir melhor” nas áreas.
Para promover a regularização das famílias no Assentamento Itamarati, o Incra instituiu uma força-tarefa, desde janeiro de 2022, para prestar serviços como atualização, regularização e desbloqueio cadastral de beneficiários, regularização de ocupantes, emissão de Declarações de Aptidão ao Pronaf (DAP), além de cadastros e assinaturas de contratos do Crédito Instalação, na modalidade Fomento Mulher.
O presidente do Incra, Geraldo Melo Filho, afirmou que, agora, os agricultores podem viver e investir com segurança em seus lotes. “ O Assentamento Itamarati é emblemático na reforma agrária. Eram mais de 2.800 famílias que aqui moravam e produziam, e que até bem pouco tempo viviam um ambiente de total insegurança. Sem nenhum tipo de regularidade em suas posses”.
Por Canal Rural