A Famato, Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso, entregou na última semana, ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento as propostas que atendem melhor os produtores rurais de Mato Grosso para compor o PAP, Plano Agrícola e Pecuário, da safra 2022/2023.
Entre as demandas estão: aumento do limite de recursos do Custeio Agrícola por CPF, ampliação do volume de recursos de crédito rural, tanto de custeio quanto de investimento, priorizar a disponibilização de recursos nos programas de Construção e Ampliação de Armazéns, Inovagro, Agricultura de Baixo Carbono e Moderfrota.
Além disso, foi solicitada a garantia de recursos para subvenção na forma de equalização de taxas de juros, viabilizando taxas compatíveis para as linhas de custeio, investimento, inclusive do FCO, Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste, para a agropecuária empresarial.
A Famato anexou ao documento os estudos elaborados pelo Imea, Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária, para embasar as demandas do setor.
Segundo o presidente da Famato, Normando Corral, o PAP deste ano está sendo analisado de uma forma bem criteriosa, com muito estudo. Ele explicou que a preocupação do setor é que as reivindicações dos produtores sejam atendidas e o próximo plantio não seja prejudicado com a falta dos recursos.
No último PAP foi disponibilizado um aporte de 13 bilhões reais para a equalização de juros, com taxas variando entre 3% e 8,5%. O setor espera que haja aumento de recursos e manutenção das taxas de juros.
Corral destacou, como principal solicitação do setor, o volume de recurso disponibilizado para o PAP 2022/2023.
O pedido de aumento do recurso bruto e do limite por CPF foi feito com base na previsão de aumento de área plantada e, principalmente, pela elevação dos custos de produção, que chega a ser de 40% a 60% maiores.
Segundo o presidente do Instituto Pensar Agropecuária, Nilson Leitão, a operacionalização do Plano Safra 2022/2023 vai exigir aportes da ordem de 22 bilhões de reais.
Leitão explicou que os 22 bilhões são apenas uma atualização tendo em vista que tivemos no Brasil aumento de preços dos insumos, defensivos, óleo diesel, transporte, inflação, entre outros.