O milho primeira safra no estado do Paraná produziu bem e chegou a 2 milhões de toneladas. Mas a grande expectativa, até pela proporção bem maior, é em relação ao milho segunda safra: uma previsão de 16 milhões de toneladas, que começou muito bem. O produtor rural Otávio Canesin falou sobre esse momento das chuvas.
“O mês de março foi um mês muito chuvoso, aliás, dos últimos 20 anos foi o mês mais chuvoso de março que nós tivemos. Então, isso favoreceu um início de safra muito bom. Ocorreram alguns bolsões de seca agora mais pro final do meio do ciclo até o final mas ainda não derrubou significativamente a produção”, afirma.
Existem alguns obstáculos no meio do caminho. Mas, para quem fez tudo certo e apostou no manejo correto, a expectativa segue sendo boa. “Ocorreram alguns problemas de ataques de cigarrinha, como em outras regiões do Paraná. Isso teve uma redução na produtividade, uma expectativa de produtividade reduzida em função do ataque de cigarrinhas. As pessoas que fizeram o manejo correto e o controle conseguiram, de certa forma, manter a produção. Aguardando mais uma chuva, para finalizar o ciclo e a expectativa é de uma safra razoável”, diz Canesin.
Agora é torcer pelo clima. O sucesso da safra não está mais nas mãos do produtor. A safra chega na reta final e o momento é decisivo. A expectativa otimista é colher 18 milhões de toneladas, isso vai depender do clima. No ano passado, a situação foi a mesma até o mês de junho quando pelo menos três ocorrências de geadas causaram perdas terríveis nas safras de milho no Paraná.
“O ano passado, por exemplo, a gente também estava com a expectativa de trabalhar em torno de 18, 19 milhões e colhemos 9 milhões de toneladas. Lembrando que houve três geadas sérias, que derrubaram muito e é nesse período que há definição da safra. No norte do Paraná, no oeste, boa parte do milho já está pronta, mas a maioria ainda está por esperar condições de clima que ajudem a ter uma produção melhor. Vamos acreditar que, se não vier geada, a gente possa cumprir esse número que estamos esperando”, relembra o agricultor.
Além de produtor rural, Olavo Canesin é presidente eleito da Abramilho e toma posse no segundo semestre. “A Abramilho tem feito um trabalho significativo ao lado do produtor. E a nossa ideia é de que esse trabalho aumente, levantando as demandas que aparecem no setor e não são poucas. Sabemos das dificuldades que é ser produtor e espero que consigamos ficar ao lado do produtor, buscando soluções que possam ajudar cada vez mais a aumentar a produção de milho no país que é muito importante”, conclui.