“CPI do Sertanejo”: confira quais shows de artistas sertanejos são investigados pelo MP

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O Ministério Público (MP) está investigando mais de 35 cidades brasileiras por contratos de alto custo com shows de cantores sertanejos como Gusttavo Lima – o mais citado -, entre outros artistas, na chamada “CPI do Sertanejo”. As informações são do portal UOL Splash.

 

De acordo com informações do site, os cachês dos shows são analisados por ultrapassar a proporção de verbas públicas de cidades pequenas, que representam parte significativa de valores dedicados à saúde e educação de municípios interioranos, por exemplo.

O MP de cada estado avalia as ações municipais. Só que, pelo menos, 36 cidades tiveram investigações abertas por promover shows, festivais ou festas com a presença de artistas conhecidos nacionalmente e por cobrarem altos cachês.

Além disso, as investigações do Ministério Público, contudo, apura apenas as ações das prefeituras nos contratos desproporcionais à receita e à população. Os artistas musicais não entram para a análise. Uma lei criada no ano de 1993 permite que cantores de grande sucesso nacional possam ter shows contratados pelos governos municipais sem licitação.

Vale destacar que as investigações começaram quando o cantor Zé Neto, da dupla com Cristiano, criticou a Lei Rouanet e a cantora Anitta. O que ele não esperava que os shows com cachês altos vieram à tona e o Ministério Público começou a analisar os casos.

Por causa da abrangência de diversos casos analisados, o movimento foi nomeado “CPI do sertanejo”, em referência às Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs). Nesse caso, o principal nome é de Gusttavo.

O cantor Wesley Safadão vem na sequência com 4 contratos investigados, e Xand Avião com 3. Além destes, os artistas Bruno e Marrone, Simone e Simaria, Ávine Vinny e Nattanzinho também aparecem nos contratos investigados.

Gusttavo Lima é o cantor mais prejudicado pela investigação do Ministério Público

Gusttavo Lima é o cantor que tem o cachê mais alto pago, que pode ultrapassar R$ 1 milhão por show. O Embaixador já teve problemas em pelo menos 5 apresentações nos municípios interioranos da Bahia, Ceará, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Roraima.

O dono do hit “Bloqueado” se pronunciou pelas suas redes sociais e negou qualquer tipo de benefício próprio por meio de dinheiro público.

Eu nunca me beneficiei de dinheiro público ou empréstimo. A minha vida foi sempre trabalhar, fiz quase 300 shows em 2019. Somos uma equipe gigantesca de colaboradores, que nos ajudam a subir sempre mais um degrau. Não compactuo com uso de dinheiro público, tenho meus impostos em dia”, declarou o Embaixador durante uma live.

Fonte: David Mesquita / MetropolitanaFM