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Equipe do Museu Histórico de Lucas do Rio Verde é recebida pelo historiador Paulo Pitaluga

Foto: Ascom Pref LRV

A equipe do Museu Histórico de Lucas do Rio Verde está em processo de inventário para oficializar os bens imateriais do povo luverdense. Atualmente, estão sendo realizadas pesquisas históricas, inventários participativos e organização de documentação e acervo.

Na última semana, a equipe esteve em Chapada dos Guimarães para conversar com Paulo Pitaluga Costa e Silva.

Pitaluga foi o coordenador do Incra, em 1988, quando aconteceu a emancipação de Lucas do Rio Verde. Foi ele quem redigiu a ata de fundação do município e, deve-se a ele, o fato de Lucas do Rio Verde ter recebido esse nome.

“Para escolher o nome da cidade, conversei com todos os que estavam assentados na gleba e perguntei: como vamos chamar o local? Uns diziam: Natalino do Norte, outros sugeriam: Nonoai do Norte. Então, propus que se chamasse Lucas do Rio Verde pelo fato de as terras terem pertencido a um sujeito lá de Cuiabá chamado Francisco Lucas de Barros. Ele era seringalista. Lucas por causa do seu Lucas de Barros e Rio Verde por causa do rio que passsa aí. E assim todos concordaram e ficou definido o nome da cidade”, lembra Pitaluga.

O coordenadordo do Museu, Oliveira Neto, que esteve realizando o trabalho de pesquisa, destaca que foi feito um bom material áudio visual com Pitaluga que servirá para o acervo imaterial do Museu.

“Ouvir Paulo Pitaluga contar a história dos primórdios de Lucas do Rio Verde e, mais que isso, conservar essa história, tem um significado imensurável. Estamos falando do homem que realizou todo o trabalho de organização do assentamento que veio se tornar a cidade que temos hoje”, comentou Oliveira Neto.

Paulo Pitaluga Costa e Silva é advogado, historiador, pesquisador, literato e professor. Ex-sócio do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso, do qual foi presidente. Autor de mais de 30 livros, como: Índios Cuyabás, São Gonçalo Velho, Cuiabá, a Lontra Brilhante, entre outros.

Atualmente, aos 75 anos de idade, mora  em Chapada dos Guimarães, onde construiu uma pousada que administra com a família e aproveita sua coleção gigantesca de câmeras fotográficas. Pitaluga relata que, há dois anos, viveu uma depressão profunda e, definitivamente, resolveu abandonar tudo para aproveitar a familia.

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