Pacientes de Lucas do Rio Verde foram selecionados para participar do 1º Inquérito Nacional de Incapacidade Física em Hanseníase, coordenado pelo Ministério da Saúde, Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) Amazonas e Fundação Alfredo da Matta.
Ao todo foram selecionados 22 pacientes, já totalmente curados da doença e que fizeram tratamento entre 2015 e 2019. Os pacientes foram escolhidos por meio de uma base de informações do Ministério da Saúde. O objetivo final do estudo é obter dados para elaborações de políticas públicas de combate à doença. A coleta de dados começou em abril e deve seguir até julho.
A avaliação dos pacientes foi realizada, nesta semana, no Espaço Saúde, por duas técnicas do Ministério da Saúde. Uma delas é a Elaine Silva Nascimento, que pontuou que a ideia do Ministério da Saúde é realizar uma sondagem para conhecimento dos números de pacientes que foram de fato recuperados ou que desenvolveram incapacidade física, deformidade física ou que precisam de reabilitação após o tratamento da PoliQuimioTerapia (PQT).
De acordo com a secretária de Saúde, Dra. Fernanda Heldt Ventura, essa avaliação dos pacientes luverdenses tem por objetivo estudar e estimar a frequência de capacidade física que o paciente tem após a cura total da doença. “Lucas do Rio Verde contribuir com a vinda desse inquérito nacional é um reflexo de que estamos fazendo um bom trabalho no município e continuaremos trabalhando para que os pacientes continuem recebendo um bom acompanhamento”, finaliza.
Onde é feito o tratamento de Hanseníase?
Em Lucas do Rio Verde, o paciente com hanseníase é atendido em qualquer Unidade de Saúde da Atenção Básica (PSF).
Caso o diagnóstico seja confirmado, o morador é inicia o tratamento com os médicos e enfermeiros do seu PSF.
O que é a hanseníase?
A hanseníase é uma doença infecciosa causada por uma bactéria que afeta exclusivamente seres humanos. A forma de transmissão ocorre pelas vias aéreas, por gotículas. O diagnóstico é feito por exames clínicos, sorologia específica e raspagem.
A doença é primeiramente neurológica, afeta os nervos mais superficiais da pele, e pode provocar formigamentos, dormência, câimbras, sensação de agulhada e pontadas.
Só depois de anos de evolução dos sintomas, os pacientes começam a apresentar lesões na pele, como manchas e caroços.
Outra característica importante é que a bactéria da hanseníase tem o metabolismo lento, o que resulta na evolução lenta dos sintomas.