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Professora cria vila de casas com materiais recicláveis para aprendizado do inglês

Foto: Ascom Prefeitura/ Rayan Nicacio

Paredes de papelão, escada de palitos e caixinhas de fósforo como móveis foram alguns dos itens usados pelas crianças da Escola Municipal Cecília Meireles, no Tessele Junior, para a construção das houses, a vila de casas feita com materiais recicláveis, idealizadas pela professora de inglês do ensino fundamental, Jane Lemos, para o aprendizado da língua. As casinhas foram expostas para a atividade nesta terça-feira (05).

Jane explica que a ideia surgiu ainda em sala de aula, quando trabalhava com os alunos palavras na língua inglesa de objetos e outros itens existentes em uma casa. Nesse dia, notou a falta de um aluno que estava doente, com dengue, e o número de casos no bairro, segundo a professora, também estava alto.

“Com essa preocupação, comecei a refletir o que poderíamos fazer para melhorar esse cenário, limpar os quintais, colocar o lixo no lixo. Como estávamos estudando as casas, pensei em usarmos o lixo, que eles iam jogar fora, para fazer as maquetes e estudar inglês junto com os pais, as famílias. Eles buscaram os materiais recicláveis e colocaram a atividade em prática”, contou a professora.

O objetivo foi trabalhar a colaboração entre os próprios colegas para a confecção das casas, a interação entre família e escola, a importância da reciclagem e de descartar o lixo de forma certa, que pode evitar muitas doenças e colaborar para a preservação ambiental.

“Também pensamos, principalmente, em elevar a autoestima das nossas crianças, que muitas vezes são deixadas à margem. É uma forma deles se sentirem mais motivados e participarem da aula, aprender a língua inglesa, que espero dê um futuro melhor a eles”, contou Jane.

Entendendo as diferenças

No mesmo dia, a professora Evaneide Batista incentivou a diversidade na Cecília Meireles. Ela deu aos pais a missão de criar uma produção diferente no visual das crianças por meio dos cabelos. Além dos penteados mais inusitados, as cores tomaram conta, mas foram objetos como flores de plástico, garrafa pet e até carrinhos que roubaram a cena na cabeça dos pequenos.

“A atividade surgiu da ideia da inclusão, mas de forma lúdica. Cada um fez seu cabelo diferente em casa e, até mesmo os penteados parecidos, não eram iguais. A ideia é trazer isso para eles, que as diferenças são legais, que devemos respeitar, entender e aceitá-las. Eles amaram a atividade. Agradecemos o apoio dos pais, que compraram a ideia e participaram. É um trabalho em conjunto que faz a diferença na educação”, comentou a professora Eva.

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