BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A senadora Simone Tebet (MS) foi confirmada nesta quarta-feira (27) pelo MDB como candidata à Presidência da República com boicote de estados como Alagoas e Paraíba, que apoiam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e sem definição sobre o vice a ser indicado pela federação PSDB-Cidadania.
A convenção foi marcada por críticas de membros do partido alinhados ao presidente nacional, Baleia Rossi (SP), contra a ala que abriu divergência em relação ao nome de Simone Tebet e buscou minar a candidatura da senadora. Ninguém se manifestou contra Tebet no evento.
Prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes declarou apoio “total e irrestrito” a Tebet e, sem citar nomes, criticou os que tentam usar o partido para atingir interesses regionais.
Carlos Marun, ex-ministro do governo Michel Temer, reconheceu que o partido não estava unido e apelou aos colegas que se opõem à senadora para se unirem em torno do nome dela já no primeiro turno. “Infelizmente companheiros nossos estão tomando [agora] a decisão que deveriam tomar daqui a dois meses”, afirmou, em referência a um eventual segundo turno entre Lula e o presidente Jair Bolsonaro (PL).
Marun se referia à ofensiva da ala emedebista que apoia Lula e que tentou adiar a convenção que escolheu Tebet. Na segunda-feira (25), filiado ao MDB de Alagoas protocolou junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) ação para cancelar a convenção do MDB nacional.
Hugo Wanderley Caju, que foi candidato a prefeito de Cacimbinhas (AL) em 2020, argumenta que o formato da reunião, por meio do aplicativo Zoom, viola o sigilo do voto. Segundo o MDB, não havia possibilidade de isso ocorrer porque o link da reunião em que discursaram emedebistas históricos foi diferente do link utilizado pelos filiados para votar. O TSE negou o pedido para cancelar a convenção.
Foto : Cristiano Mariz