SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O novo rei da Inglaterra teve a opção de escolher seu nome. Ao optar por Charles 3º, o monarca dá sequência à uma linhagem que remonta ao século 17 e que foi responsável por aumentar o poderio britânico. Charles 1º foi rei da Inglaterra, Escócia e Irlanda entre 1625 e 1649, ano em que foi executado.
À época, a Inglaterra vinha de uma crise econômica por investir mais dinheiro do que podia em seu Exército, que lutou contra e venceu a Espanha numa guerra em 1558.
Charles 1º, tão logo virou monarca, assinou um documento que proibia a Coroa de convocar o Exército ou tomar medidas econômicas sem a aprovação do Parlamento. Ele também estendeu uma cobrança de impostos de navios, que valia somente para a área litorânea, para toda a Inglaterra.
Acreditando –assim como o seu pai– que o soberano era designado por Deus para comandar o império, dissolveu e convocou o Parlamento diversas vezes. Também tentou impor aos escoceses a prática do anglicanismo, sendo que a maioria era presbiteriana.
Foi decapitado por traição à pátria e por governar como tirano, em 30 de janeiro de 1649.
Filho sobrevivente de Charles 1º, Charles 2º foi rei da Inglaterra, da Irlanda e da Escócia entre 1660 e 1685. O tempo em que ficou no poder é conhecido como o período da Restauração, pois representou a pacificação da Inglaterra após as guerras civis entre católicos e protestantes. Também significou o fim de um período republicano no país.
Seu reinado foi marcado pelo aumento da colonização e do comércio na Índia, nas Índias Orientais e na América –os britânicos tomaram Nova York dos holandeses em 1664– e por atos de navegação que garantiram o futuro do Reino Unido como potência marítima.
Enfrentou ainda a Peste Negra, em 1664, quando um quarto da população de Londres à época morreu. Em seguida, um grande incêndio forçaria a reconstrução de parte da cidade.
Ele fez várias tentativas para formalizar a tolerância a católicos, mas foi forçado a recuar diante de um Parlamento fortemente hostil.
Embora Charles 2º tivesse vários filhos ilegítimos com várias amantes, não teve nenhum com sua esposa, Catarina de Bragança. Seus esforços para se tornar um governante absoluto o levaram a entrar em conflito com o Parlamento, que ele dissolveu em 1681. Desde então, até sua morte, em 1685, governou sozinho.