A Fico, Ferrovia de Integração Centro-Oeste, que vai ligar Mara Rosa, em Goiás, e o município mato-grossense de Água Boa, já tem os primeiros 30 quilômetros liberados de área pelo processo de desapropriação.
O empreendimento passa agora por serviços de terraplanagem e supressão vegetal.
A Fico vai possibilitar o escoamento da safra produzida no Centro-Oeste até os portos das regiões sudeste e nordeste.
O empreendimento tem 383 quilômetros de extensão, com investimentos de dois bilhões e 73 milhões de reais, custeados por investimento cruzado, resultante da renovação antecipada do contrato de concessão da Vale com a União pela Estrada de Ferro Vitória-Minas.
Como parte da agenda do Setembro Ferroviário do Ministério da Infraestrutura, mês dedicado a ações que impulsionem o transporte sobre trilhos no país, as obras da Fico foram vistoriadas por uma comitiva na última semana.
O ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, explicou que a Fico é uma obra estruturante que vai diminuir o custo logístico de produção e favorecer a balança comercial. Segundo ele, o Centro-Oeste brasileiro, com essa obra, passa a ser mais competitivo.
Conforme a Valec, empresa pública que detém a concessão da futura ferrovia e conduz as obras, a previsão é de que até o fim do ano sejam liberados mais 50 quilômetros de frente de obras.
Durante o prazo de execução das obras férreas devem ser abertos quatro mil e 600 novos postos de trabalho.
São mil e 500 diretamente ligados à construção da estrada de ferro e mais de três mil para apoio e suporte da obra, o que inclui hotéis, restaurantes e serviços diversos.
Quando finalizada, a estrada de ferro fará a conexão entre o Vale do Araguaia e a Ferrovia Norte-Sul, favorecendo o escoamento da safra regional aos portos de Santos, em São Paulo, Itaqui, no Maranhão, e, no futuro, de Ilhéus, na Bahia, pois se conectará também à Ferrovia de Integração Oeste Leste.
