O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Áreas Úmidas, e parceiros, realizaram na última semana, no Sindicato Rural de Poconé, a oficina participativa com representantes da pecuária tradicional pantaneira.
A ação integra o Projeto de Restauração dos Campos Nativos, desenvolvido em parceria com produtores com objetivo de aplicar os resultados da ciência em suas atividades.
O projeto é coordenado pela professora e pesquisadora da UFMT, Universidade Federal de Mato Grosso, Cátia Nunes da Cunha, que conta que o objetivo é a restauração de campos nativos considerando as orientações técnico-científicas.
A pesquisadora explicou que a atividade consiste na parceria entre os produtores, sociedade civil e cientistas, na coleta de dados, na observação por meio de metodologia participativa onde todos os envolvidos estão sensibilizados e empenhados na conservação e uso correto da natureza.
Na oficina também foi apresentado o mapeamento das áreas de interesse identificando as espécies botânicas.
A professora lembrou que, de acordo com o conhecimento tradicional, as melhores pastagens nativas do Pantanal são aquelas que passam pela alta e média inundação.
Ela disse ainda que diante das mudanças climáticas, com a redução da quantidade de chuva, a proliferação da vegetação lenhosa sobre os campos tende a aumentar, causando a perda de áreas produtivas, pastagens nativas, e da biodiversidade.
O Projeto de Restauração de Campos Nativos é parte do Programa Corredor Azul, que visa promover ações de fomento à conservação das áreas úmidas da Bacia do Prata, e, no Brasil, tem especial atenção para o Pantanal, essencial para a manutenção da biodiversidade, da cultura e das economias locais.
Para mais informações sobre o projeto é só ligar (65) 3627 1887.