Museu Histórico de Lucas do Rio Verde avança em seu primeiro inventário participativo

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Foto: Ascom Prefeitura/Janderson Kavano

O Museu Histórico de Lucas do Rio Verde vem trabalhando no projeto do primeiro Inventário Participativo desde o ano passado, com o objetivo de inventariar a referência cultural “Celebrações”. O evento escolhido foi a festa de São Cristóvão, padroeiro da comunidade que fica localizada na zona rural do município.

“A escolha dessa referência cultural se deu pela importância que tem a festa de São Cristóvão, que vem sendo celebrada desde o início da ocupação do espaço territorial daquela comunidade, a partir de 1976. A festa se tornou uma marca da identidade cultural daquele povo como sua maior manifestação de identidade religiosa. Especialmente no início da ocupação territorial, quando o maior desafio era o isolamento, eles se organizaram por meio dessa festa, se uniam em fé, se confraternizavam, se fortaleciam e se ajudavam mutuamente para superar os desafios do dia a dia. Isso é magnífico”, comentou o coordenador do projeto, historiador Oliveira Neto.

O Inventário Participativo é um instrumento importante para identificar e documentar os bens culturais que representam as diversidades e pluralidades culturais existentes na sociedade. Para a produção do inventário é utilizada a metodologia da história oral, por meio de entrevistas específicas com os sujeitos sociais.

Terminada a primeira etapa do inventário, que foi a coleta dos depoimentos dos pioneiros, agora, a equipe do Museu Histórico inicia a edição do documentário. A terceira e última etapa será a devolutiva para a comunidade, com a exposição museológica sobre a produção inventariada lá na própria comunidade. A previsão para o término do trabalho é para a próxima festa de São Cristóvão, que acontece em julho de 2023.

Motivação para a pesquisa
A Comunidade São Cristóvão foi escolhida para o primeiro grande trabalho museológico por ter sido o local onde teve início o processo de ocupação moderna de Lucas do Rio Verde. Foi na localidade onde os primeiros posseiros, nos anos 70, se instalaram.

Lá também seria criada a sede do assentamento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em 1980, e a fundação da cidade. Porém, toda aquela região era coberta pelas águas no período invernoso. Essa questão geográfica foi o que obrigou a mudança da instalação do Incra para onde hoje está a cidade de Lucas do Rio Verde.