Pequim retoma maratona após dois anos de suspensão devido à pandemia

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Quase três anos após o surgimento dos primeiros casos de covid-19 na cidade de Wuhan, a China continua com sua política rígida contra o vírus, com bloqueios, quarentenas e testes em massa. Por isso, apenas pessoas que vivem em Pequim puderam participar da corrida deste domingo (6), diferentemente das edições anteriores, que atraíram corredores de outras cidades e países.

Cerca de 30 mil corredores, alguns usando máscaras faciais, bandeiras chinesas ou perucas cor de rosa, deixaram a Praça Tiananmen para participar da primeira maratona de Pequim desde 2019, após dois anos de ausência devido à pandemia, apesar de uma recuperação nos casos na China. Em ambiente festivo, sob céu nublado e um dia frio, várias centenas de pessoas reuniram-se ao longo do percurso para torcer pelos corredores naquele que foi o primeiro grande evento esportivo na capital chinesa desde os Jogos Olímpicos de Inverno em fevereiro.

“Hoje realizei meu grande sonho”, disse Gao Lixiang, um dos participantes, que começou a treinar para a maratona durante a pandemia, à agência de notícias AFP. A prova foi vencida pela atleta Anubaike Kuwan, natural de Xinjiang, região do noroeste da China, em 2 horas, 14 minutos e 34 segundos.

A política de zero covid da China cortou os contatos do país com o resto do mundo desde 2020 para limitar o contágio que poderia ser causado por visitantes. Esta situação interrompeu as tentativas do país de organizar grandes eventos esportivos e forçou o cancelamento de torneios como o Grande Prêmio de Fórmula 1 e competições de golfe e tênis, bem como os campeonatos mundiais de basquete ou atletismo.

A maratona deste domingo deveria ter sido retomada em 2021, mas foi cancelada para evitar novos surtos da doença antes de fevereiro, quando foram realizados os Jogos de Pequim. Apesar da política de zero covid, nos últimos dias, a China registrou o maior número de infecções pela doença desde maio. No entanto, o grande número de casos no país asiático ainda é muito menor do que no resto do mundo. Com 1,4 bilhão de habitantes, o país registrou mais de 4 mil novos casos, 49 deles na capital.

Até o momento, várias maratonas estão planejadas para este mês, entre as quais a de Xangai em 27 de novembro. Será o primeiro grande evento esportivo na cidade desde o bloqueio de dois meses na primavera passada.

 

Fonte: Télam* – Buenos Aires