Esta foi a última sessão plenária de 2022, antes do recesso para as festividades de fim de ano dos parlamentares. Os projetos seguirão para sanção do governador Mauro Mendes (União).
O Fethab é uma espécie de “taxação” do agronegócio e a lei que o regulamenta tem prazo de validade para dezembro. Caso não fosse aprovado ainda este ano, o Governo estimava que o Estado poderia deixar de arrecadar mais de R$ 900 milhões apenas em 2023.
O texto aprovado pelos deputados refere-se a um substitutivo. O texto estabelece que a maior fatia do recurso, 80%, deverá ir para a Secretaria de Infraestrutura e Logística, para aplicação em obras de infraestrutura em transporte e em habitação.
Os outros 10% do recurso deverão ser encaminhados à MTPar (MT Participações e Projetos) e mais 10% para a assistência social.
Se sancionada, a lei ainda estabelece que, de todo o recurso arrecado, no mínimo 10% seja direcionado ao financiamento de ações da agricultura familiar, sendo 50% para Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf) e 50% para Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer).
A maioria dos deputados foi favorável ao texto, exceto os deputados Ulysses Moraes (PTB), Lúdio Cabral (PT), Gilberto Cattani (PL) e o Delegado Claudinei (PL).
Emendas
O deputado Ulysses propôs uma emenda para diminuir o prazo de duração do Fethab de quatro para dois anos. A votação entre os deputados se acirrou em um empate.
No entanto, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (União), deu o voto decisivo que manteve o prazo em quatro anos, não acatando a emenda.
O deputado Lúdio também apresentou uma emenda propondo manter a distribuição do Fethab como está hoje, acrescentando apenas a agricultura familiar. No entanto, a prosposta foi rejeitada pela maioria.
POR CÍNTIA BORGES E VITÓRIA GOMES / MIDIA NEWS