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Marrocos reescreve história africana na Copa do Mundo do Catar

 

As seleções africanas conquistaram vários resultados surpreendentes contra gigantes na história da Copa do Mundo, mas nada como a campanha de Marrocos no Mundial do Catar, que alimentará as esperanças de mais representação em torneios futuros.

Marrocos eliminou Bélgica, Espanha e Portugal, todos classificados entre as dez melhores seleções do mundo no ranking da Fifa, para se tornar o primeiro time africano a chegar às semifinais e agora espera derrotar a atual campeã mundial França na quarta-feira (14).

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Camarões derrotou a campeã Argentina na partida de abertura da Copa do Mundo de 1990 na Itália e foi para as quartas de final, enquanto Senegal fez o mesmo com a França quando os franceses iniciavam a defesa de seu título em 2002.

Mas, de resto, as conquistas do continente no Mundial foram limitadas, razão pela qual o antigo presidente da Confederação Africana de Futebol, Issa Hayatou, colocou um freio nas demandas de seus membros por mais vagas no torneio.

“Precisamos de resultado para ter uma causa forte”, disse ele repetidamente nas reuniões da CAF.

Das 160 partidas disputadas pelas seleções africanas na Copa do Mundo, apenas 37 foram vencidas, com uma taxa de sucesso abaixo de 25%.

A maior parte da África ainda estava sob o domínio colonial quando a Copa do Mundo recomeçou após a Segunda Guerra Mundial, mas à medida que os países se tornavam independentes, o número de membros da CAF aumentou e a África começou a evoluir.

O Marrocos já havia sido o primeiro time africano a se classificar para a segunda fase em 1986, no México, vencendo Portugal e terminando à frente da Inglaterra em seu grupo.

A conquista marroquina trouxe a promessa de que a África não demoraria muito para produzir um vencedor da Copa do Mundo, mas apenas Camarões, em 1990, Senegal, em 2002, e Gana, em 2010, haviam conseguido chegar às quartas de final.

A África tem nove vagas – mais uma possível vaga extra na repescagem – na edição expandida para 48 seleções do Mundial de 2026, mas agora certamente haverá pedidos por mais.

Fonte: Mark Gleeson* – Doha

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