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Seca na Bolivia afeta mais de 102 mil famílias e 140.852 hectares

Mais de 102 mil famílias foram afetadas e 140 mil hectares de culturas foram danificados pela seca em sete das nove regiões da Bolívia, informou hoje (1º) o governo boliviano.

“Há 2.020 comunidades e estamos falando de 102.440 famílias afetadas e de uma área de 140.852 hectares” danificada pela seca, disse o ministro do Desenvolvimento Rural e Terras, Remmy Gonzales, em entrevista para apresentar o plano plurianual de resposta imediata à estiagem.

Segundo ele, 153 municípios têm “necessidades urgentes de água” e desses, 84 têm problemas na produção agrícola devido à seca, estando previsto para os primeiros uma resposta imediata e para os segundos, apoio com sementes, fertilizantes e outros elementos.

As regiões afetadas pela seca são La Paz, Oruro, Potosí, Cochabamba, Tarija, Chuquisaca e Santa Cruz, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento Rural e Terras boliviano.

Gonzales lembrou que o país é afetado pelo fenômeno climático La Niña, que “trouxe muitas adversidades e problemas”, manifestando-se inicialmente com geadas em algumas áreas e agora com a seca, o que contribui também para o avanço dos incêndios em pelo menos cinco departamentos.

“A estratégia do governo é clara e precisa: primeiro vamos salvaguardar a vida”, destacou o ministro, acompanhado pelos ministros do Ambiente e da Água, Juan Santos, e pelo vice-ministro da Defesa Civil, Juan Carlos Calvimontes.

O plano apresentado pelas autoridades bolivianas tem orçamento total de cerca de US$ 17,5 milhões, dos quais US$ 3,9 milhões serão utilizados como resposta imediata para a primeira fase da estratégia, até o fim do ano.

Ele explicou que a primeira fase será concentrada em garantir o fornecimento de água para consumo humano, irrigação e consumo animal, por meio de tanques, caminhões-cisterna e da perfuração de poços, entre outros.

Juan Santos mostrou-se confiante de que a intervenção nos municípios afetados vai contribuir para “atenuar os impactos” relacionados com os incêndios florestais registrados no país.

Para as autoridades, a falta de água e de chuva e o aumento da temperatura criaram as condições para os atuais incêndios, numa época do ano em que eles não são habituais.

 

Fonte: RTP* – La Paz

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