Preso por corrupção, Zé Dirceu agora passeia livre, leve,solto e com dinheiro por CUBA e vira atração

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Vice-presidente do PT e deputado federal eleito pelo Rio de Janeiro, Washington Quaquá foi a Cuba recentemente para comemorar sua vitória nas urnas. Para além de uma viagem com a família para descansar na ilha caribenha, o petista levou apoiadores que o ajudaram na campanha e promoveu uma espécie de “tour de formação política”. O ponto alto da viagem foi um encontro com José Dirceu, o ex-todo-poderoso ministro do primeiro mandato de Lula que foi condenado no escândalo do mensalão.

Quaquá estava com um grupo de 30 pessoas, incluindo lideranças de favelas do Rio de Janeiro. O encontro com Dirceu foi quase uma coincidência, mas representou um upgrade no roteiro da turma, conta o deputado. José Dirceu, que estava de férias em Cuba, acabou virando uma espécie de atração vip da excursão de Quaquá. “Soube que ele (Dirceu) iria na mesma época, liguei e falei para ele fazer um debate com o meu pessoal.”

A reunião com o ex-ministro se deu no hotel Paseo del Prado, onde Washington Quaquá estava hospedado com familiares e cujas diárias começam em cerca de US$ 200 dólares no fim de janeiro (o restante do grupo ficou em casas alugadas). “Fui levar a minha base de campanha, gente da favela, lá para Cuba, para comemorar a vitória e, de certa forma, fazer um tour de formação política, para eles conhecerem como é Cuba. Aproveitamos e o Zé fez um debate com eles. Falamos sobre Cuba, sobre o Brasil e tomamos muito rum”, diz Quaquá.

O deputado conta que pagou parte dos gastos do grupo durante a viagem, que durou nove dias. “A gente pagou (as despesas) do pessoal mais pobre. O pessoal que tem emprego pagou sua própria despesa. (…) Até hoje estou com meu cartão de crédito estourado. Vou levar uns quatro meses para pagar. É da vida. Dinheiro é feito para gastar”, emenda, dando contornos bem capitalistas ao “passeio socialista” que promoveu.

Amigo de Lula, Quaquá já planeja outra viagem a Cuba, em maio. Desta vez será algo com contornos oficiais – sem José Dirceu, e com um grupo de deputados, para um roteiro cultural e econômico. Quaquá afirma que pretende trazer a indústria farmacêutica de Cuba para operar no Brasil, especialmente em Maricá, seu reduto eleitoral. Também fala em promover a vinda do corpo de balé cubano ao país. “Quero ajudar no aprofundamento das relações do Brasil com Cuba.”

Ao retornar da viagem a Cuba, Quaquá reencontrou José Dirceu — ou “Comandante Dirceu”, como ele diz — em Brasília, na festa da posse de Lula.

 

Por Rodrigo Rangel / Metrópoles