Buracos e atoleiros seguem dificultando – e até impedindo – a viagem de quem passa pela MT-170, rodovia localizada na região noroeste de Mato Grosso. As chuvas frequentes (e a falta de manutenção adequada na via, segundo os motoristas), tornaram crítica a situação. O destaque é para o trecho entre os municípios de Castanheira e Juruena.
Registros feitos por motoristas e enviados ao Canal Rural Mato Grosso, retratam a difícil saga de quem precisa passar pelo percurso. Nas fotos, é possível ver uma fila infinita de caminhões parados. Os condutores afirmam que uma viagem que antes levava horas agora dura dias.
Entre os registros, um vídeo gravado na manhã desta sexta-feira (24) por um motorista que relata estar “preso” há dois dias na estrada.
“Sexta-feira (24), trecho entre Castanheira e Juruena, km 55 mais ou menos. Dois dias já trancado aqui, olha a situação”, diz o motorista.
A situação precária da MT-170 (antiga BR-174) foi destaque no Mercado & Companhia da última quarta-feira (22). O presidente do Sindicato Rural de Juruena (MT), Marcos Rodrigues, falou que infelizmente esse trecho de 120 quilômetros de estrada de terra paga esse preço tão alto de não conseguir escoar a sua produção, de não conseguir transitar com pacientes, com ambulâncias paradas em atoleiros.
Em nota, a Secretaria de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT) informa que as empresas responsáveis pela melhoria da estrada já estão mobilizadas. A obra de pavimentação de 271,6 quilômetros da rodovia está dividida em seis lotes, dos quais quatro já estão com a ordem de serviço assinada, para ter início após o período das chuvas.
A rodovia foi estadualizada em julho do ano passado.
Confira vídeo aqui:
MT-170 é importante via de escoamento
Além da pecuária, a produção de grãos vem crescendo a cada ano na região. E, com isso, a movimentação de caminhões tem aumentado. Dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) indicam que a região noroeste do estado tenha uma produção em torno de 3 milhões de toneladas de soja e 3,5 milhões de toneladas de milho.
Por CanalRural / ANA MOURA, DE CUIABÁ (MT)