O juiz federal Eduardo Appio, que assumiu a 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pela Operação Lava Jato, assinava seus processos eletrônicos com o termo “LUL22”, em referência à campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para voltar ao Palácio do Planalto.
Eduardo também é acusado de doar R $13 à campanha de Lula, conforme consta no sistema Divulgacand, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele, no entanto, nega que tenha doado recursos ao presidente.
A informação sobre a assinatura “LUL22” foi divulgada pelo jornal O Globo. Eduardo Appio assumiu a 13ª Vara Federal de Curitiba no último dia 7 e é um contumaz crítico dos métodos do ex-magistrado e atual senador Sérgio Moro (União Brasil), principal expoente da Operação Lava Jato.
Desde que assumiu, Appio recebeu críticas do deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos), ex-procurador da República que trabalhou diretamente na Lava Jato. “Ele invoca buscar neutralidade, mas a neutralidade alegada com palavras é desmentida pelos fatos”, disse Deltan. “Ele (o novo chefe da Lava Jato) é alguém que participou de um programa de caráter nitidamente ideológico, de esquerda, se aliando a pessoas que atacaram a Lava Jato nos últimos anos”, completou o parlamentar.
Neste sábado (25/2), Dallagnol voltou a se manifestar contra a indicação de Appio após saber da assinatura dele nos processos eletrônicos. “Ora ora: novo juiz da Lava Jato, que criticou colegas por ‘politizarem’ a operação, usava ‘LUL22’ como sua assinatura no sistema da Justiça Federal. Essa é a mesma pessoa que disse querer trazer ‘neutralidade partidária’ para a Lava Jato”, publicou no Twitter.
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