O número de ogivas atômicas prontas para serem usadas subiu em 2023. A conclusão foi divulgada pelo Barômetro de Proibição de Armas Nucleares, em colaboração com a Federação de Cientistas Americanos, que atribui à Rússia e à China a responsabilidade por grande parte do aumento.
De acordo com o relatório publicado, as nove potências nucleares, oficiais e não oficiais, detinham, em 2022, 9.440 ogivais operacionais; estima-se que no início deste ano, fossem 9.576, um aumento de 136, com um poder destrutivo equivalente a 135 mil bombas de Hiroshima.
“Este aumento é preocupante e mantém uma tendência que começou em 2017”, disse Grethe Lauglo Ostern, uma das responsáveis pelo relatório. “O número total de armas nucleares em todo o mundo vai voltar a aumentar em breve, pela primeira vez desde a Guerra Fria”, adverte Lauglo Østern, editor do relatório.
Paralelamente o número total de armas nucleares, que também inclui as não operacionais, continua a diminuir. Em 2022, o número de armas nucleares diminuiu de 12.705 para 12.512, devido ao desmantelamento de ogivas antigas na Rússia e nos Estados Unidos da América.
Entre as nove potências nucleares mundiais encontram-se dois países europeus, França e Reino Unido. O grupo é completado por EUA, Rússia, China, Índia, Paquistão e Coreia do Norte, além de Israel, que possui armamento nuclear mas não está incluído na lista oficial.
Fonte: Mário Aleixo – Repórter da RTP – Lisboa