A Organização Mundial da Saúde (OMS) adaptou suas recomendações de vacinação contra a covid-19 para uma nova fase da pandemia, sugerindo que crianças e adolescentes saudáveis podem não precisar necessariamente de uma dose, mas grupos mais velhos e de alto risco devem receber um reforço entre 6 a 12 meses após a última vacina.
A agência da ONU disse que o objetivo é concentrar esforços na vacinação daqueles que enfrentam maior ameaça de doença grave e morte por covid-19, considerando o alto nível de imunidade da população em todo o mundo devido à infecção e vacinação generalizadas.
A agência de saúde definiu populações de alto risco como adultos mais velhos, bem como pessoas mais jovens com outros fatores de risco significativos. Para este grupo, a agência recomenda uma dose adicional da vacina de 6 a 12 meses após a última dose, com base em fatores como idade e condições de imunocomprometimento.
A OMS disse ainda que crianças e adolescentes saudáveis têm “baixa prioridade” para vacinação contra covid-19 e instou os países a considerarem fatores como carga de doenças antes de recomendar a vacinação desse grupo. A organização acrescentou que as vacinas e reforços contra covid-19 são seguros para todas as idades, mas as recomendações levam em consideração outros fatores, como custo-efetividade.
A agência disse em setembro do ano passado que o fim da pandemia estava “à vista”. Em um briefing nesta terça-feira (28), a organização afirmou que seu conselho mais recente reflete o quadro atual da doença e os níveis globais de imunidade, mas não deve ser visto como uma orientação de longo prazo sobre a necessidade de reforços anuais.
As recomendações ocorrem no momento em que os países adotam abordagens diferentes. Alguns países de alta renda, como Reino Unido e Canadá, já estão oferecendo reforços contra covid-19 às pessoas de alto risco nesta primavera, seis meses após a última dose.
O comitê também pediu esforços urgentes para avançar nas vacinações de rotina atrasadas durante a pandemia e alertou para o aumento de doenças evitáveis por vacinação, como sarampo.
Reportagem adicional de Jennifer Rigby, em Londres
Fonte: Bhanvi Satija – Repórter da Reuters – Benagaluru