O vídeo de um soldado ucraniano aparentemente executado após gritar “Glória à Ucrânia”, que se tornou viral nas redes sociais, “parece ser autêntico”, disse nesta quarta-feira (8) o Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.
“Estamos cientes desse vídeo publicado nas redes sociais que mostra um soldado ucraniano, fora de combate, aparentemente executado pelas Forças Armadas russas. Com base em análise preliminar, pensamos que o vídeo parece ser autêntico”, disse um porta-voz do Alto Comissariado à France Press.
No vídeo, que dura 12 segundos, aparece um homem de farda militar, mas desarmado, fumando. Outro, que não aparece no vídeo, diz em russo a outro camarada: “filma-o”.
“Glória à Ucrânia!”, gritou o soldado ucraniano, que imediatamente foi atingido por uma rajada de tiros. O homem atrás da câmara diz: “Morre, desgraçado”.
Segundo o porta-voz da ONU, “desde que o ataque armado da Rússia à Ucrânia começou, há mais de um ano, foram documentadas inúmeras violações de direitos humanos contra prisioneiros de guerra, incluindo casos de execução sumária de ucranianos e russos”.
“Devem ser realizadas investigações imparciais e eficazes sobre todas essas denúncias, e os responsáveis devem ser responsabilizados”.
O vídeo viralizou nas redes sociais na segunda-feira (6), com muitas publicações, fotos e desenhos em homenagem à coragem e ao patriotismo do soldado. As imagens são chocantes.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, prometeu encontrar “os assassinos”. E o Exército ucraniano já prometeu vingar o seu soldado.
“Segundo dados preliminares, [o soldado morto] é o militar da 30ª brigada mecanizada Tymofiy Mykolayovych Shadura”, disse o Exército ucraniano na rede social Telegram.
O porta-voz da Brigada, Anatoly Iavorsky, afirmou que o soldado, de 41 anos, natural da região de Jitomir, foi mobilizado em dezembro e estava desaparecido desde 3 de fevereiro na região de Bakhmut.
O corpo dele está em território ocupado e a a identificação definitiva só será possível após perícia, acrescentou o Exército.
Fonte: RTP* – Genebra
Foto Ilustrativa