O Fluminense venceu o América-MG por 2 a 1 na estreia no Brasileiro Feminino A2, neste domingo (16/04). Na arquibancada, uma convidada especial vibrou muito com a vitória tricolor: a pequena Alice Duarte, primeira menina a ser aprovada na base do clube.
Mesmo com apenas oito anos de idade, ela já está na história do Fluminense. Fruto do trabalho de captação do futsal, a chegada de Alice abre portas para que novas meninas se desenvolvam desde cedo no esporte.
Com todo o suporte da comissão técnica, a pequena atleta também conta com o olhar atencioso de Amanda Storck, gerente de futebol feminino.
“Alice é uma quebra de paradigmas, a primeira menina a ser aprovada no futsal do Fluminense. É nessa categoria que acontece a transição para o campo e por enquanto joga com os meninos. É uma guerreira de Xerém e estreou ontem (sábado), estava lá com o Hoffmann assistindo. Estamos olhando para o futuro do futebol feminino”, disse Amanda.
Apesar da pouca idade, Alice sempre soube da sua paixão pelo futebol. Começou a jogar aos quatro anos e já mostrava todo o seu talento. Para os pais, Ada e Rômulo, que concederam entrevista à FluTV no intervalo da partida, é motivo de orgulho ter a filha fazendo o que ama com a armadura tricolor.
“Ela joga futebol desde os quatro anos de idade. Desde então, brigamos pelo espaço dela e de outras meninas que também virão. Para nós, é muito satisfatório estar em um clube como o Fluminense, que é um time grande e tem uma excelente base. Ela está sendo muito bem recebida por todos. Está sendo uma experiência maravilhosa para ela e esperamos continuar vestindo a camisa do Fluminense e torcendo pela evolução dela”, disse Ada.
Importante destacar que, neste ano, para promover a igualdade de oportunidades, a Confederação Brasileira de Futebol regulamentou as equipes mistas no país em competições amadoras. Com isso, Alice e outras meninas poderão participar dos torneios normalmente. Embora isso já fosse comum na curta carreira da filha, a mãe valoriza a conquista.
“A história não é só para a nossa Alice, é para outras ‘Alices’ que virão por aí. Abrindo espaço para outras meninas que não têm oportunidade e apoio”, explicou Ada.
Contudo, não são todos que aceitam a participação feminina no futebol. Rômulo relata que já ouviu ofensas direcionadas à filha durante as partidas, mas educa a menina para que ela não se abale com os comentários preconceituosos.
“Temos essa batalha desde cedo. Escutamos algumas besteiras pelo fato de ela ser menina, mas a gente abstrai. O importante é ela estar feliz e jogando o futebol dela”, finalizou o pai.
Comunicação FFC
Fotos: Marina Garcia e Leonardo Brasil/FFC