A pesquisa foi realizada com base na metodologia desenvolvida pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos que considera os produtos da Cesta Básica.
Os levantamentos foram feitos em oito estabelecimentos comerciais, os mesmos visitados na pesquisa anterior. Eles estão localizados nos bairros Parque das Emas, centro, Alvorada, Primavera 1 e Cerrado.
“Este levantamento mensal permite acompanhar a evolução do poder aquisitivo dos salários dos trabalhadores e comparar o preço da alimentação básica, determinada por lei, com o salário-mínimo vigente”, pontuou a coordenadora do projeto, professora Graziela Lodi.
O resultado mostra que o custo médio de uma cesta básica com referência no mês de março foi de R$ R$ 966,31. O valor mais alto foi encontrado a R$1.086,3 no estabelecimento localizado no bairro Parque das Emas, enquanto o menor valor também pode ser encontrado em outro estabelecimento no bairro Cerrado, a R$ 598,91.
Segundo a pesquisa, o trabalhador compromete 83% do valor do salário-mínimo apenas com a alimentação. “Dessa forma podemos destacar que o consumidor necessita pesquisar para assim conseguir adquirir os produtos a um preço mais acessível”, orienta Lodi.
O projeto mostra que, para a manutenção de uma família de quatro pessoas, o salário-mínimo em Lucas do Rio Verde, deveria ser de R$ 9.126,01, ou seja, sete vezes o valor mínimo reajustado em R$ 1.302,00.
Aumento da cesta básica
No levantamento anterior, a pesquisa mostrou que o preço médio da cesta básica era de R$ 625,90 em fevereiro. No estabelecimento que apresentou os menores valores era possível obter a cesta básica por R$ 454,48 e no que apresentou valores mais altos, R$ 765,71.
“Infelizmente a gente percebeu que este mês subiu um pouco o valor da cesta básica. Tem diferença de preço por bairros e é importante que as pessoas que procuram o comércio que façam pesquisas. O objetivo é mostrar que Lucas do Rio Verde, apesar de as pessoas acharem que é muito caro o custo de vida, está dentro da média nacional”, comentou o presidente da CDL, Petronilio de Souza.