A interventora da Saúde de Cuiabá, Danielle Carmona, rebateu a fala do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), que considerou “leviandade” a previsão de um déficit orçamentário de mais de R$ 500 milhões na Pasta.
Segundo Danielle, todos os dados apresentados no relatório do gabinete foram acompanhados por órgãos controle.
Após mais de duas semanas de intervenção, a equipe recolheu dados da área contábil, financeiro, administrativo e finalístico, com diagnóstico preliminar acerca da saúde pública municipal, incluindo a administração direta e indireta.
“Todos os nossos dados que apresentamos no diagnóstico preliminar foram acompanhados pela Controladoria Geral do Estado, bem como pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). Inclusive, foram assinados por eles”, afirmou Carmona.
“Na primeira intervenção, a gente apontou o déficit de R$ 350 milhões, que, no primeiro momento, o prefeito disse que era mentira, e nessa semana, com o balanço do RREO (Relatório Resumido de Execução Orçamentária) foi constatado realmente aquilo que nós apontamos inicialmente. Então, todos os nossos dados nós estamos colocando e anexando comprobatórios”, acrescentou.
Além do déficit orçamentário, o relatório ainda apontou a falta de 28 médicos na rede de Saúde, além de estoque zerado de mais da metade dos medicamentos da rede e leitos de Unidades de Terapia Intensivo (UTI) fechados por falta de insumos e equipamentos.
Danielle ainda reforçou que a Saúde cuiabana vive em estado de colapso e que o Gabinete da Intervenção deve apresentar um plano de ação junto ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).
“Nós realizamos já o nosso diagnóstico. Já informamos aos órgãos de controle esse diagnóstico preliminar, que é essa situação de caos na saúde pública de Cuiabá. Vamos apresentar nosso plano de ação ao TJ com nossas ações planejadas ao longo desse prazo. No total foram [abertos] 16 leitos de UTI pediátrica, oito leitos de UTI adulto no Pronto-Socorro. Conseguimos fazer aquisição de R$ 5 milhões de medicamentos para as unidades básicas, para as secundárias, convocação de médicos do processo seletivo”, pontuou.
“Então, como a saúde como um todo estava sem medicamentos e sem todos esses insumos com abastecimento e com essa regularização, agora aos poucos as unidades vão voltando a atender com a sua capacidade máxima”, disse a interventora.
Por Midia News
