O Banco Original, controlado pela holding J&F (pertencente à família de Joesley e Wesley Batista, também donos da JBS), registrou prejuízo de R$ 1,66 bilhão em 2022. O resultado reverteu o lucro de R$ 78 mil que a instituição registrou em 2021.
A piora no desempenho foi causada por um aumento nas provisões (valores reservados para cobrir dívidas em atraso dos clientes) e por um aumento nas despesas operacionais.
A piora nos índices de inadimplência, devido ao aumento dos juros, levou o Original a multiplicar por 8 seu valor provisionado. Já o avanço das despesas operacionais foi justificado pelos investimentos que o banco fez para ampliar o leque de serviços em seu aplicativo, inclusive em braços de negócios como o PicPay.
“O Original em 2022 foi impactado pela maior inadimplência na carteira de crédito pessoa física, situação que afetou o mercado financeiro de forma geral”, admitiu a empresa, no comunicado que acompanhou as demonstrações financeiras.
Para fazer frente às despesas maiores e para reforçar o capital do banco, os controladores (a família Batista) decidiram aportar R$ 600 milhões no Original ao longo de 2022. A decisão foi tomada “acreditando que um projeto de longo prazo se constrói em bases sólidas”, afirmou a instituição financeira.
Por Metrópoles / Bianca Alvarenga
Foto -Divulgação JBS
