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Rio registra aumento de quase 80% das vítimas de bala perdida

O Instituto Fogo Cruzado divulgou hoje (11) um relatório sobre a violência armada nos primeiros 100 dias dos novos governos nos estados monitorados pela instituição. A região metropolitana do Rio de Janeiro lidera o ranking com 1.014 tiroteios, seguido de 497 na região metropolitana do Recife e 396 na região metropolitana de Salvador. Esses intensos tiroteios, principalmente no Grande Rio, na maioria com o uso de fuzis, deixaram 497 vítimas na região metropolitana. No Grande Recife foram 559 registros e na região metropolitana de Salvador foram 365 baleados.

De 1º de janeiro a 10 de abril deste ano, 52 pessoas foram vítimas de balas perdidas na região metropolitana do Rio. Isso representa um crescimento de 79% em relação ao mesmo período em 2022, com 29 atingidos. No Recife, 17 pessoas foram vítimas de balas perdidas, superando o mesmo período de 2022, com 15 casos.

De acordo com o relatório, as balas perdidas são um grande problema, com tendência de alta, a ser enfrentado pela segurança pública das metrópoles; A situação é agravada pelo uso de armas de guerra, como fuzis, que têm poder de alcance de mais de 2 mil metros de distância.

Na Bahia houve 19 vítimas de balas perdidas em Salvador e região metropolitana, mas como o instituto passou a atuar na região apenas em julho de 2022, não há comparativo para o mesmo período.

A diretora de Dados e Transparência do Instituto Fogo Cruzado, Maria Isabel Couto diz em nota que é importante articular as estatísticas sobre violência armada às políticas já propostas para compreender se houve ou não avanços no campo da segurança pública. “É sintomático que olhemos para três grandes regiões metropolitanas brasileiras e vejamos um padrão: de um lado, as balas perdidas apresentam tendência de alta, do outro, os novos governos apontam para o retrocesso no que se refere à transparência”.

Instituto

O Fogo Cruzado é um Instituto que divulga dados abertos e colaborativos sobre violência armada. São mais de 20 indicadores sobre violência nas regiões metropolitanas do Rio, do Recife e de Salvador.

Edição: Aline Leal

Fonte: Douglas Corrêa – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro

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