O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, visita nesta quinta-feira (20) a capital ucraniana, o que acontece pela primeira vez desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro de 2022.
A visita foi divulgada pela imprensa ucraniana. O jornal Kiev Independent mostra uma fotografia de Stoltenberg na Praça de São Miguel, na capital, que presta homenagem aos soldados ucranianos que morreram em combate e onde estão vários equipamentos militares russos danificados.
A Otan tem demonstrado o seu apoio à Ucrânia diante da invasão russa, e os Estados-membros fornecem equipamento militar a Kiev para combater o Exército russo. Para a Rússia, o apoio da aliança atlântica e dos Estados Unidos configura o envolvimento “numa guerra por procuração”.
A visita de Stoltenberg ocorre no momento em que a Ucrânia prepara uma contraofensiva.
A Ucrânia apresentou, em setembro de 2022, pedido urgente de adesão à Otan, depois de o Kremlin ter anexado quatro regiões ucranianas.
Vários líderes mundiais já se deslocaram a Kiev para conversas com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
A ofensiva militar, iniciada em 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia, causou até agora a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas – 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,1 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica a crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa – justificada pelo presidente Vladimir Putin com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com o envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e econômicas.
A ONU confirmou, desde o início da guerra, 8.534 civis mortos e 14.370 feridos, lembrando que esses números estão muito aquém dos reais.
A Ucrânia tornou-se independente da União Soviética em 1991.
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Fonte: RTP* – Kiev
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