Nesta segunda-feira (1º), segundo o Ministério, uma comitiva chega a Roraima para apurar o caso. Integram a equipe a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o secretário Nacional de Segurança Pública, Tadeu Alencar, o diretor da Força Nacional, coronel Fernando Alencar, e o diretor de Amazônia e Meio Ambiente da Polícia Federal, Humberto Freire.
Tiros, morte de indígena e feridos
O ataque a tiros ocorreu na tarde desse sábado (29) na comunidade Uxiu, região com forte presença de garimpeiros, distante cerca de meia hora de Surucucu – considerada a região central da Terra Indígena Yanomami.
Três indígenas foram baleados – um deles, alvejado na cabeça, morreu no Centro de Referência em Saúde de Surucucu na madrugada deste domingo, após sofrer três paradas cardíacas. Ele se chamava Ilson Xiriana, tinha 36 anos e atuava como agente indígena de saúde (AIS) na Terra Indígena.
Os outros dois, ambos baleados no abdômen, passaram a noite em Surucucu. Pela manhã, foram removidos para o Hospital Geral de Roraima, em Boa Vista.
O presidente Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kwana (Condisi-YY), Júnior Hekurari Yanomami, estava na região de Surucucu quando ocorreu o ataque e atribuiu aos garimpeiros ilegais que exploram a região.
Maior território indígena do Brasil, a Terra Yanomami é algo frequente de garimpeiros que exploram a floresta amazônica, causam conflitos armados e são os responsáveis pela grave crise humanitária que assola o território. Atualmente, o governo federal atua para levar saúde aos dezenas de indígenas doentes e também com ações de repressão que buscar tirar os garimpeiros da região.