O ex-coordenador da Lava-Jato, Deltan Dallagnol, que teve seu mandato de deputado federal cassado pela unanimidade dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral, dá por perdida a guerra que trava para recuperá-lo. Falharam todos os seus esforços.
A ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal, não disse uma palavra na audiência que concedeu a Dallagnol, pedida por ele. O presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), sequer o recebeu, apesar dos seus apelos. Dallagnol conta:
“Eu procurei o presidente da Câmara. Mandei mensagem para ele, minha assessoria tentou agendar uma reunião, mas ele fechou as portas, não respondendo às mensagens e aos nossos pedidos. Tentei inclusive falar com a chefe de gabinete dele algumas vezes.”
Sobre se vê risco de o senador Sérgio Moro, que também responde a ação na Justiça Eleitoral, sofrer um revés, Dallagnol diz:
“Vejo. Nós vimos a cassação de um mandato fora das hipóteses legais de alguém que combateu a corrupção. O Brasil está caminhando para o exercício do direito da força em vez da força do direito. Precisamos restaurar o império da lei e a democracia.”
Por Ricardo Noblat / Metrópoles