Uma simples caminhada enérgica de 20 minutos por dia é suficiente para melhorar a saúde e reduzir riscos cardiovasculares, mostra estudo publicado nesta quarta-feira (24) no boletim científico Circulation, da Associação Americana de Cardiologia.
A pesquisa alerta que os grupos da população que praticam menos exercício (os adultos com mais idade, as mulheres, os negros, as pessoas com depressão, com menor capacidade socioeconômica e os que vivem em zonas rurais) estão em maior risco de sofrer doenças cardiovasculares.
Os autores destacam que é importante desenvolver iniciativas que promovam a atividade física de forma sustentada, sobretudo para os grupos com menos recursos econômicos.
Eles explicam que a atividade física regular mantém o coração forte, sendo suficiente uma caminhada enérgica de 20 minutos por dia.
Os pesquisadores chegaram a essa conclusão depois de analisar os níveis de atividade física de diferentes grupos de adultos e rever as estratégias para aumentar a atividade física em grupos com poucos recursos ou com risco de má saúde cardiovascular.
“Ajudar todos a melhorar a saúde cardíaca é importante”, afirma Gerald J. Jerome, do Departamento de Cinesiologia (estudo dos movimentos) da Universidade de Towson (Maryland), nos Estados Unidos.
“Descobrimos que muitos grupos com má saúde cardíaca também tinham níveis baixos de atividade física. Sabemos que a atividade física regular é componente-chave de ótima saúde cardíaca. Esses resultados nos oferecem a oportunidade de centrar esforços em programas de atividade física nos locais onde as pessoas mais precisam”.
A Associação Americana de Cardiologia mede a saúde cardiovascular e os riscos em função de oito fatores: quatro de saúde (pressão arterial, colesterol, açúcar no sangue e índice de massa corporal) e quatro de estilo de vida (hábito de fumar, atividade física, sono e dieta).
Menos de 25% dos norte-americanos praticam pelo menos 150 minutos de atividade física moderada por semana (o recomendado pela Associação Americana do Coração).
A equipe analisou os dados de programas de atividade física desenvolvidos para melhorar os níveis em populações específicas e observou que os que menos se exercitam são os adultos com mais idade, as mulheres, os negros, as pessoas com depressão ou incapacidades, os que têm nível socioeconômico mais baixo e os que vivem em zonas rurais ou bairros com menos calçadões.
“Infelizmente, muitos grupos que têm maior risco de sofrer de doenças cardíacas também declaram, em média, menor quantidade de atividade física”, diz Jerome.
Os autores aconselham, na publicação, que os programas de atividade física sejam adotados adotem com a participação da comunidade, para satisfazer suas necessidades e definir programas acessíveis e culturalmente apropriados.
Aumentar os níveis de atividade física para melhorar a equidade sanitária exige “abordagem de equipe, com profissionais de saúde que avaliem e promovam regularmente a atividade de todos os pacientes”, concluem.
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Fonte: RTP* – Washington
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