De acordo com as informações apuradas, ao chegar ao estabelecimento, agentes da Polícia encontraram armas, munições e documentos na Madeireira Jatobá, pertencente ao vice. A empresa está embargada até o término das investigações.
A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Feliz Natal, mas não conseguiu contato até o momento. A operação visa desarticular uma suposta associação criminosa que vinha agindo na extração e desmatamento ilegal de madeira, na região norte do estado. Ao todo, foram cumpridos 22 ordens judiciais nos municípios de Feliz Natal, Cláudia, Nova Ubiratã e Sorriso.
O cumprimento das ordens judiciais contam com apoio da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) e Instituto de Defesa Agropecuária (Indea), além das equipes policiais das Diretorias do Interior e de Atividades Especiais.
De acordo com a Polícia Civil, o grupo criminoso cometia o desmatamento visando lucro financeiro a qualquer custo, com a destruição da vegetação e da fauna.
Investigações
As investigações iniciaram no segundo semestre de 2019, após denúncias de que pessoas envolvidas no comércio de madeira estavam praticando ilícitos ambientais e fazendo a extração ilegal na Estação Ecológica Rio Ronuro.
Após a pandemia da Covid, no mês de fevereiro de 2022 as diligências foram intensificadas pela Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema) para identificar os agentes responsáveis pelo dano ambiental, com a extração e desmatamento ilegal da vegetação nativa preservada na estação ecológica situada em Nova Ubiratã.
Os indícios apontam que integram esse grupo investigado, agentes políticos, madeireiros, empresas transportadoras, pessoas físicas e jurídicas.
Esquema criminoso
Ainda de acordo com a Polícia Civil, os proprietários das madeireiras utilizam terceiros como “laranjas” para mascarar o comércio irregular da matéria-prima, a fim de burlar a administração pública ambiental e fiscal, praticando o crime ambiental e a sonegação de impostos, além do prejuízo ao meio ambiente e social.
Por Gustavo Castro/Mídia News