Bolsonaro – Aliados lançam ‘vaquinha’ e pedem Pix para ex-presidente

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O presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia alusiva à marca de 100 milhões de poupanças sociais digitais Caixa.

Deputados e influenciadores bolsonaristas iniciaram uma campanha na noite desta sexta-feira, 23, para pedir doações por Pix a Jair Bolsonaro (PL). Eles alegam que o ex-presidente é vítima de “assédio judicial” e que precisa de ajuda para pagar “diversas multas em processos absurdos“. Entre os parlamentares que pediram contribuições em dinheiro, estão os deputados federais Nikolas Ferreira (PL-MG), Mário Frias (PL-SP), Gustavo Gayer (PL-GO), André Fernandes (PL-CE) e o deputado estadual Bruno Engler (PL-MG).

Os parlamentares postaram mensagens iguais no Twitter na noite de ontem. “O presidente está recebendo diversas MULTAS em processos absurdos por todo o País, qualquer valor já ajuda!”, dizem as publicações. O primeiro a publicar o pedido de doações na plataforma foi Engler, às 18h26. Nikolas e Gayer também postaram vídeos no Instagram pedindo contribuições; o parlamentar goiano publicou um comprovante de transferência de R$ 500 para o ex-presidente.

O ex-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten tuitou uma mensagem confirmando a chave Pix de Bolsonaro, divulgando o CPF do ex-presidente e indicando que a conta dele é no Banco do Brasil. Wajngarten é hoje assessor de Bolsonaro e recomendou: “confira antes de transferir”. Procurado, ele alegou que o pedido de doações não partiu da equipe do ex-presidente.

Bolsonaro assumiu este ano o cargo de presidente de honra do PL. O salário é de R$ 39 mil. Além desse valor, ele também recebe aposentadoria do Exército e da Câmara dos Deputados. Assim, entre aposentadorias e salários, são mais de R$ 75 mil mensais.

No dia 14 de junho, a Justiça de São Paulo mandou bloquear mais de meio milhão de reais nas contas bancárias de Bolsonaro em razão do descumprimento de regra sanitária imposta em meio à covid-19: o uso de máscaras. A dívida de Bolsonaro com o governo do Estado já passa de R$ 1 milhão.