Em uma entrevista à CNN Brasil no sábado, o ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que outras acusações foram adicionadas ao julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que poderiam deixá-lo inelegível por oito anos, a fim de “dar alguma credibilidade e materialidade ao caso”. “Não tem credibilidade nenhuma”, acrescentou. Bolsonaro comparou o caso contra ele pelo PDT com a chapa Dilma-Temer há cinco anos. “Lá, tentaram enxertar outras acusações. O TSE tirou fora.
Agora, tentam fazer a mesma coisa comigo”, disse. O esboço golpista encontrado em janeiro na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres tornou-se central no julgamento no TSE. Durante a sessão de quinta-feira, o debate entre os advogados do PDT, autor da ação, e do ex-presidente girou em torno da inclusão do documento como prova no julgamento. Ele pediu que o TSE não permita que acusações não relacionadas à reunião com embaixadores componham a ação judicial. “Não tem materialidade nenhuma”, disse. “Espero que o TSE me julgue de acordo com o que aconteceu em 2017 e não podemos ter outro resultado além do arquivamento deste processo”, disse.
Em relação à sua reunião com embaixadores estrangeiros em julho de 2022, Bolsonaro afirmou que possíveis críticas e observações sobre o sistema eleitoral não foram ataques, mas uma resposta ao ministro Edson Fachin. O TSE começou a julgar o caso contra o ex-presidente, movido pelo PDT, alegando suposto abuso de poder e uso indevido de mídias oficiais de comunicação durante o período pré-eleitoral de 2022. “A política externa é de competência privativa do presidente da República”, justificou Bolsonaro. “Convidei os embaixadores para falar sobre o sistema eleitoral brasileiro e fiz comentários sobre a investigação de novembro