O deputado estadual Gilberto Cattani (PL) disse que suas declarações sobre mulheres e vacas foram polemizadas por culpa do deputado Wilson Santos (PSD).
Cattani afirma que foi o colega quem compartilhou vídeos em que ele aparece ironizando a situação, o que levou à abertura de uma investigação na Comissão de Ética da Assembleia. Por isso, pediu a retirada de Wilson da Comissão de Ética que vai julgá-lo por suspeita de quebra de decoro.
“O deputado Wilson Santos foi quem criou toda a situação. O que falei na Frente Parlamentar de Defesa contra o Aborto não foi comparando mulher com vaca. Não publiquei aqueles vídeos. Wilson Santos teve acesso não sei de que maneira e soltou esses vídeos em todos os grupos de WhatsApp”, disse.
Segundo Cattani, Wilson teria divulgado os vídeos para se vingar de um desentendimento que tiveram durante uma sessão na Assembleia Legislativa no dia 24 do mês passado.
“No plenário tivemos uma discussão sobre uma questão que envolve invasão de propriedade, uma lei que tínhamos criado. Ele ofendeu a minha esposa, a chamou de ser irracional, de vaca. Isso ele fez em plenário e criou toda essa discussão. Ele se aproveitou disso [dos vídeos] para se vingar ou qualquer coisa nesse sentido”, afirma.
Os vídeos em questão são um em que a esposa de Cattani aparece mugindo e outro em que o próprio parlamentar se desculpa com as vacas.
Comissão de Ética
O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (União), homologou uma Comissão de Ética para julgar o caso.
Os deputados que compõem a comissão são Janaina Riva (MDB) como presidente; Max Russi (PSB) como corregedor; Júlio Campos (União) como corregedor substituto, Wilson Santos (PSD) como vice-presidente e Elizeu Nascimento (PL) como membro-titular.
Cattani demonstrou interesse em retirar Wilson Santos da comissão.
“Ele está diretamente ligado a questão que criou sobre a minha pessoa, então está impedido de participar”.
Por outro lado, disse não ter críticas a nenhum dos outros nomes apresentados e não temer uma possível punição.
“Não, nenhuma objeção a nenhum deputado. A não ser ele [Wilson Santos] porque ele criou a situação. Se eu for punido, eu vou ser punido por defender aquilo que eu acredito”.
“Isso não me incomoda, vou defender até com a minha vida se for preciso. O mandato em si é uma coisa pequena diantes dos valores. Agora, as entidades que nos julgam, elas tinham que primeiro julgar a si próprias, porque acontecem coisas lá muito piores e eles ficam inertes”, concluiu.
Foto : Antonia Varella/Secom
Por Mídia News