Profissionais de saúde da Atenção Básica dos 15 municípios que integram o Consórcio Público de Saúde Vale do Teles Pires estão participando de treinamento para a implantação de contraceptivo subdérmico.
O dispositivo é mais um método de planejamento familiar, inserido na tabela de procedimentos do Sistema Único de Saúde (SUS) e destinado as mulheres com vida sexual ativa.
De acordo com a diretora-executiva do Consórcio, Solimara Moura, a compra do material foi discutida e aprovada pelos secretários de Saúde dos municípios consorciados e validada pelos prefeitos.
Inicialmente, foram adquiridos 489 kits, compostos por um cartucho com aplicador e um implante, contendo o hormônio etonogestrel 68 mg. O investimento é de R$ 225 mil.
A secretária de Saúde de Lucas do Rio Verde, médica especialista em Medicina de Família e Comunidade, Fernanda Ventura, explica que o objetivo é ofertar o dispositivo as adolescentes em situação de vulnerabilidade social.
“Em Ribeirão Preto (SP), onde foi desenvolvido o projeto piloto e o sistema é utilizado há dez anos, o número de adolescentes grávidas diminuiu mais de 40%, é um índice muito significativo.”
O etonogestrel é uma substância produzida em laboratório, com função semelhante a progesterona, hormônio que atua no sistema reprodutor da mulher.
Inserido logo abaixo da pele do braço e liberado em pequena quantidade, a substância permanece na corrente sanguínea por até três anos, evitando a gravidez.
Segundo a secretária de Saúde, o método é um dos mais eficazes da atualidade, com o dispositivo podendo ser removido a qualquer momento. Além de evitar a gravidez, reduz a taxa de mortalidade materno-infantil.
O dispositivo só pode ser implantado por profissional médico. Na região, o objetivo é ofertar gratuitamente as mulheres em situação de vulnerabilidade social.
Na rede particular, o implante do dispositivo custa em média R$ 3 mil.
TEXTO: ASCOM/CPS VALE DO TELES PIRES
FOTOS: ASCOM/PREFEITURA DE LUCAS DO RIO VERDE