Presidente da Assembleia Legislativa, o deputado Eduardo Botelho (União) criticou o que vê como hipocrisia de rivais na corrida pela Prefeitura de Cuiabá no ano que vem.
Botelho admitiu que está tentando viabilizar sua candidatura junto ao eleitorado e disparou contra rivais que preferem negar o interesse. “O pessoal fala: ‘Não estou fazendo política’. Como não está? Seja honesto”, disse em entrevista ao programa Notícia de Frente, da TV Vila Real.
O pré-candidato não citou nomes, mas hoje tem como potenciais adversários o deputado federal licenciado Fábio Garcia (União), o deputado federal Abílio Júnior, o deputado estadual Lúdio Cabral (PT) e o vice-prefeito de Cuiabá José Roberto Stopa (PV).
Botelho trava um disputa interna com Fábio Garcia para conseguir ser o nome do União Brasil e, por consequência, ter o apoio do governador Mauro Mendes na disputa.
Segundo ele, a pré-candidatura está posta e não será retirada, por ora.
“Eu vou ser candidato, se Deus quiser. Estou recebendo apoio. Posso não ser se não tiver apoio popular. Mas se eu tiver apoio popular, não tenho como retroceder. Eu disse ao governador: ‘Se eu retroceder vai ficar ruim até pro senhor. Vai ficar parecendo que o senhor me comprou’”, disse, referindo-se ao fato de que o candidato do governador é Fábio Garcia.
“Temos que ter uma política séria e verdadeira e é essa que estou fazendo […]. Eu digo: estou fazendo [política]. Estou indo nos bairros, estou procurando e trabalhando. Agora, tem gente que faz tudo isso e nega. Vai enganar quem?”, emendou.
Conversa com o governador
Em entrevista recente, o governador anunciou que fez um compromisso com Garcia, no período eleitoral, em apoiar sua pretensão ao comando do Palácio Alencastro. O acordo teria sido firmado após Botelho ter negado a intenção de ser candidato na eleição de 2024.
Botelho, no entanto, revelou que não negou a Mendes a intenção de ser candidato a prefeito, apenas disse que, em meio à campanha de 2022, estava preocupado com a sua reeleição.
“Na campanha de deputado o governador me perguntou se eu seria candidato a prefeito. Eu disse: ‘Olha, estou preocupado com a minha eleição para deputado. Mas estou recebendo muito apoio aonde vou; o pessoal está dizendo que vai me apoiar para deputado porque quer me ver prefeito de Cuiabá e eu estou reforçando isso. Mas não estou pensando nisso, estou pensando na minha eleição’”.
Logo depois do pleito, o presidente da Assembleia disse que procurou Mendes para externar a intenção em ser candidato a prefeito.
“Ele me disse que era cedo para discutir isso. Depois eu reforcei para ele e ele disse: ‘Ah, o Fábio Garcia está aí como candidato’. Eu disse: ‘Governador, se o senhor quer de fato o Fábio Garcia e está decidido, então que o senhor me libere do partido e nós continuamos a mesma amizade’”.
“Ele disse: ‘Botelho, não é hora de discutir Prefeitura’. E eu disse que tudo bem, vamos aguardar o momento certo. Foi essa a conversa que nós tivemos”.
Por fim, segundo Botelho, o governador afirmou que não havia nada definido sobre o candidato do União e pediu para o parlamentar aguardar.
Mendes é o presidente regional do União Brasil em Mato Grosso. Botelho afirmou que aguardará até janeiro para que haja uma definição sobre o candidato da sigla, para assim, poder – ou não – se filiar a outra sigla.
