A Justiça do Rio de Janeiro determinou a prisão preventiva do ex-sargento do Corpo de Bombeiros Maxwell Simões Correa por suspeita de envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. A decisão, proferida pelo juízo da 4ª Vara Criminal da Capital, baseia-se nas provas apresentadas pelo Ministério Público do Rio, que apontam a participação do ex-bombeiro no caso, antes, durante e depois dos assassinatos. Com o intuito de preservar as investigações, a Justiça determinou a transferência do preso para um presídio de segurança máxima fora do estado. Até a transferência, Maxwell Correa deverá permanecer no presídio de Bangu I.
As provas que implicam Maxwell foram obtidas por meio da colaboração premiada de outro acusado, o ex-policial militar Élcio de Queiroz. Na decisão, também é mencionada a conexão do ex-bombeiro com Ronnie Lessa, que está detido e é acusado de efetuar os disparos no veículo em que as vítimas se encontravam. Um dia após o crime, Correa teria participado da troca das placas do carro utilizado no assassinato, além de ter descartado as cápsulas e munições utilizadas, bem como providenciado o desmanche do veículo.
Segundo Élcio, Correa era responsável pelo sustento financeiro de sua família e pelas despesas de sua defesa, visando evitar conflitos entre eles. Além disso, suspeita-se que Maxwell tenha envolvimento com uma organização criminosa e possua patrimônio incompatível com sua renda.
O juiz, embasado no Código de Processo Penal, decretou a prisão preventiva de Maxwell Simões Correa, determinando que sua pena terá validade de 20 anos e que ele será encaminhado a um estabelecimento penal federal