As últimas atualizações sobre as investigações sobre a morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes geraram reações de esperança e cobranças por uma solução definitiva do caso.
A mãe de Marielle, Marinete da Silva, participou de uma manifestação pelos 30 anos da chacina da Candelária, no Rio de Janeiro, e expressou sua esperança na solução do assassinato de sua filha. Ela destacou que há cinco anos a família luta pela justiça e acredita que este ano haverá um julgamento digno e necessário para Marielle e Anderson.
Nesta segunda-feira, a Polícia Federal prendeu o ex-sargento do Corpo de Bombeiros Maxwell Simões, conhecido como Suel, amigo de Ronnie Lessa e responsável por monitorar Marielle desde 2017. O crime ocorreu no dia 14 de março de 2018, quando Marielle e Anderson foram mortos a tiros dentro de um carro. A assessora da vereadora, Fernanda Chaves, também estava no veículo, mas sobreviveu aos ferimentos.
As informações divulgadas pelo Ministério da Justiça indicam que a colaboração entre instituições federais, o Ministério Público do Rio de Janeiro e a Polícia Federal levaram às respostas sobre os autores do assassinato de Marielle e Anderson, concluindo a primeira etapa das investigações.
A assessora da vereadora manifestou-se nas redes sociais, recebendo a notícia com satisfação e ressaltando a importância desse avanço após um longo período sem progresso nas investigações e sem manifestações das autoridades sobre o crime. Ela reforçou que o assassinato de Marielle foi um crime político, expondo a vulnerabilidade da democracia e a fragilidade na proteção dos defensores dos direitos humanos. Ela afirmou que a falta de esclarecimento contribui para a sensação de impunidade e compromete a legitimidade das instituições de segurança pública
Monica Benício, ex-mulher de Marielle, também comentou o avanço das investigações e destacou a importância de um governo comprometido com a segurança pública e a justiça. Ela expressou a necessidade de respostas tanto para as famílias envolvidas quanto para o país e a democracia brasileira.
A cobrança por mais avanços nas investigações também veio da organização não governamental (ONG) Anistia Internacional Brasil, que divulgou uma nota exigindo a identificação dos mandantes do crime. Segundo a ONG, identificar os executores é apenas o primeiro passo, e é inadmissível que as autoridades ainda não tenham chegado a uma conclusão sobre os mandantes e não tenham levado os acusados à justiça.
As últimas informações sobre a prisão do ex-sargento do Corpo de Bombeiros trazem alguma esperança de progresso nas investigações, mas ainda é necessário aguardar os desdobramentos do caso e a conclusão das apurações para que se possa responsabilizar totalmente os envolvidos.
Continuaremos acompanhando o desenrolar das investigações e esperamos que a justiça seja feita, proporcionando respostas e a devida responsabilização pelos crimes cometidos contra Marielle Franco e Anderson Gomes.
(Fonte: Douglas Corrêa – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro)