Nesta quarta-feira, São Paulo e Palmeiras fizeram o primeiro jogo das quartas de final da Copa do Brasil. Na fria noite paulistana, em pleno Morumbi, o Choque-Rei só foi ser decidido no fim: 1 a 0 para o time da casa e vantagem tricolor para o confronto de volta pela competição nacional de mata-mata.
O segundo embate entre as equipes será disputado no dia 13 de julho, uma quinta-feira, às 20h (de Brasília), no Allianz Parque. Além da vaga às semifinais, quem avançar garante premiação de R$ 9 milhões aos cofres.
Por conta do triunfo — sacramentado aos 37 minutos do segundo tempo, em golaço de Rafinha —, os comandados de Dorival Júnior têm a vantagem do empate na casa palestrina. Vitória do Verdão por um gol de diferença leva a disputa às penalidades máximas.
Tanto São Paulo quanto Palmeiras, agora, voltam suas atenções para a Série A do Campeonato Brasileiro. O Tricolor vai até Bragança Paulista para encarar o Bragantino, às 16h (de Brasília) do domingo — enquanto o Alviverde recebe o Flamengo, às 21h do dia anterior, no Allianz Parque.
O jogo — O Choque-Rei começou antes mesmo da bola rolar. No anúncio das respectivas escalações, surpresas: Calleri fez trabalho intensivo para se recuperar de problema lombar e foi para jogo, ao passo que João Martins optou por uma mudança estrutural tática e alinhou o Palmeiras com três zagueiros.
Luan, pois, iniciou a partida fechando a linha de cinco defensiva, mas com um pouco mais de liberdade para flutuar na intermediária do que Gustavo Gómez e Murilo. Era uma postura clara do Verdão, que suportou a pressão inicial da torcida no Morumbi para, aos poucos, ditar o ritmo ofensivo do confronto.
Dudu foi a peça-chave do ataque. Com muita movimentação, o ‘Baixola’ caiu pelo meio, encontrou espaços e comandou o ataque — inclusive em cabeceio perigoso, aos 15 minutos da etapa inicial.
A grande chance do primeiro tempo, entretanto, saiu dos pés de Calleri. Aos 31, Arboleda lançou o ataque em profundidade, com belo passe da defesa. O argentino matou no peito, desbancou a marcação e, cara a cara com Weverton, conseguiu dar um chapéu desajeitado no arqueiro. Com o gol livre, porém, o atacante chutou para fora.
A partir daí, o Tricolor cresceu. A oportunidade que melhor simbolizou o crescimento do time da casa ocorreu aos 41, quando Wellington Rato fez grande jogada individual na entrada da área e chutou firme, alto, para bela defesa de Weverton — que espalmou para escanteio. O Palmeiras só levou susto em batida de longe de Richard Ríos.
O segundo tempo começou em panorama similar: o Alviverde não conseguia chegar ao ataque com eficiência, enquanto o Tricolor ameaçava em chegadas de Caio Paulista, Pablo Maia e Alan Franco.
Aos 16, Wellington Rato foi para cima de Piquerez, fez a finta e bateu colocado, de fora da área, à meia-altura. Weverton não chegou nela, mas a bola passou tirando tinta da trave direita do goleiro.
Dois minutos depois, veio a resposta do Palmeiras. Endrick arrancou em velocidade, carregou bola para dentro da área e armou o chute — só que, na hora da finalização, acabou sendo travado.
Aos 33, a grande oportunidades dos últimos 45 minutos. Juan fez boa jogada pela lateral, não desistiu do lance após cair dentro da área e, tirando Weverton da foto, serviu Wellington Rato pelo meio. Com o gol livre, o camisa 27 bateu fraco e Luan, em cima da linha, afastou o perigo.
Pouco depois, os são-paulinos presentes no Morumbi enfim tiraram o grito de ‘gol’ da garganta. Rafinha recebeu fora da área e arriscou um chutaço: a bola desviou levemente em Luan e tirou Weverton do lance. Placar, enfim, aberto no Cícero Pompeu de Toledo.
Gazeta Esportiva (foto: Rubens Chiri/assessoria)