O Índice Geral de Preços–Mercado, o IGP-M, apurado pela Fundação Getúlio Vargas, registrou deflação de 0,14% em agosto, depois de também ter caído em julho.
A queda do mês anterior, no entanto, foi maior, de menos 0,72%
Significa que, acordo com as apurações da FGV, a média dos preços de produtos e serviços no país recuou no oitavo mês do ano, embora em ritmo menor.
Com a variação de 0,14% no campo negativo, o índice passou a apresentar queda acumulada de 5,28% no ano e de 7,20% em 12 meses.
O IGP-M é um indicador usado para reajustar contratos, incluindo os contratos de aluguel, e é por isso que, apesar de não monitorar exatamente os preços de moradia, é que ele é conhecido como a ‘inflação do aluguel’.
Vale dizer que o IGP-M é apurado pela FGV levando em conta a variação dos preços ao consumidor, preços ao produtor e preços da construção civil entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.
A deflação de agosto, segundo a FGV, não foi maior porque importantes produtos agropecuários e industriais, especialmente soja e óleo diesel, encareceram e pressionaram para cima o Índice de Preços ao Produtor Amplo, que tem maior peso no IGP-M.
A taxa que mede os preços da construção, o INCC, também acelerou entre julho e agosto e contribuiu para a queda menos intensa do IGP-M.
Em relação ao Índice de Preços ao Consumidor, que tem peso intermediário na composição, do IGP-M, e é talvez o que mais interesse ao ouvinte, caiu 0,19% em agosto. Seis das oito classes de despesas monitoradas apresentaram registraram deflação na variação mensal.
A maior contribuição partiu do grupo Educação, Leitura e Recreação, cuja taxa de variação passou de 1,15% para -1,19%.
Também apresentaram decréscimo em suas taxas os grupos Alimentação, com destaque para hortaliças e legumes, Transportes, Despesas Diversas, Vestuário e Comunicação.