Pesquisadores desenvolvem carrapaticida com plantas medicinais

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Um grupo de pesquisadores de Maracás, município da região do sudoeste da Bahia, desenvolveu um carrapaticida natural que utiliza na sua fórmula folhas das plantas medicinais babosa, nim e aroeira.

Considerado inovador, os cientistas liderados pelo pesquisador Raul de Souza, uniram os conhecimentos tradicionais e avanços científicos, para criarem o Niarbs.  De acordo com Raul, o processo de desenvolvimento do produto é composto por diversas etapas.

“O carrapaticida alternativo é desenvolvido a partir de processos industriais, no qual se utiliza como principais matérias-primas as folhas de babosa, nim e aroeira. O processo de produção segue etapas como coleta, seleção, secagem ou desidratação, trituração, moagem, pesagem e mistura das folhas”, explica o pesquisador.

Grupo de pesquisadores, de Maracás, município da região do sudoeste da Bahia, desenvolveu um carrapaticida natural

Foto: Divulgação/Secti

Segundo ele, as substâncias presentes nas plantas possuem características que potencializam a eficiência do carrapaticida, que está no estágio de conclusão. “As matérias-primas possuem propriedades antissépticas, inseticida, anti-inflamatória, antimicrobiana, o que favorece para o potencial efeito do produto”, afirma.

Carrapaticida natural

O Niarbs é administrado via tópica, através de borrifamento. O período de efeito na prevenção e controle de ectoparasitas ocorre entre três e oito dias.

Segundo Raul, a comprovação da eficiência do carrapaticida natural se deu por amostra em animais do tipo bovino, caninos e felinos domésticos e selvagens. Para ele, o produto é um projeto inovador por sua composição natural.

“O produto se diferencia no mercado em relação a outros carrapaticidas por ser natural, visto que os concorrentes são químicos. Ele foi elaborado para atender a necessidade do mercado de consumidores criadores de animais, que visam a saúde e bem estar do animal”, afirma.

A equipe coordenada por Raul é composta por Lucas Santana, Otacílio José, Heraldo Pires e Dhenyfe Silva.

POR VINICIUS RAMOS DE BARREIRAS (BA)