River vence Inter de virada no Monumental de Núñez

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Um ótimo primeiro tempo, um mau segundo. As duas faces do Inter foram estampadas no Monumental de Núñez, na abertura das oitavas de final da Libertadores. Diante de 80 mil pessoas, o time de Eduardo Coudet saiu na frente, com o primeiro gol de Valencia com a camisa colorada, mas não resistiu à pressão do River Plate e perdeu, de virada, por 2 a 1

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Com o resultado, o Inter terá de vencer no Beira-Rio, daqui a uma semana, por dois gols de diferença para avançar direto. Vitória por um leva aos pênaltis. Qualquer outro resultado serve aos argentinos.

Coudet repetiu o time do Inter que começou contra o Cuiabá. Aránguiz, que era dúvida, formou o meio com Johnny, De Pena e Wanderson, além de Alan Patrick. No River, Demichelis optou pela volta de Nacho Fernández ao time titular, com Solari no banco.

Os cinco minutos iniciais foram de estudo de parte a parte. O Inter tentava não demonstrar nervosismo e se ambientar à pressão. O River buscava encontrar os espaços e chegou ao ataque pela primeira vez. De La Cruz cruzou da direita, Nacho cabeceou por cima do travessão. Logo depois, em outro lance que envolveu a defesa do Inter, foi De La Cruz quem chutou, mas a bola bateu em Beltrán quando parecia ir na direção do gol.

A primeira vez que o Inter chegou à frente foi em cobrança de falta. De Pena jogou no segundo pau, Wanderson estava sozinho, mas sua conclusão de primeira saiu fraca e a defesa salvou. Aos 16, Rochet precisou defender. O Inter saiu em chutão, o River recuperou a bola e Barco lançou Beltrán. O centroavante chutou e o goleiro espalmou para escanteio.

A melhor chance colorada ocorreu aos 25. Em falta frontal, De Pena jogou para a área, Vitão ajeitou para o meio e Valencia deu bicicleta. A finalização saiu a poucos centímetros da trave.

Aos 37, o River deu susto. Em uma tabela de Beltrán e Nacho, De La Cruz apareceu na área, às costas da zaga. Mercado conseguiu chegar a tempo de ao menos atrapalhar a conclusão do uruguaio, que foi para fora.

Na última bola do primeiro tempo, a maior notícia possível para o Inter. Valencia havia sofrido falta violenta de González Pírez. Na cobrança, aos 45, Alan Patrick foi perfeito. A bola foi na altura certa e encontrou um atacante louco de fome. Valencia saltou bem e apenas torneou de cabeça, vencendo Armani, silenciando a maior parte do Monumental e fazendo delirar dois mil colorados: Inter 1 a 0.

Solari sai do banco e vira o jogo no segundo tempo

As equipes voltaram inalteradas do vestiário. O River, como era esperado, foi para o segundo tempo tentando buscar o empate imediatamente. No quarto minuto, Barco chutou, Rochet defendeu tranquilamente. 

Aos seis, porém, o goleiro uruguaio brilhou. De novo Barco, desta vez a dribles na área, bateu rasteiro. Rochet fez uma defesaça e evitou o empate. No minuto seguinte, mais uma. A jogada se desenvolveu pela esquerda, De La Cruz pegou de primeira e e o goleiro espalmou. 

O Inter não se encontrava no segundo tempo. Os lançamentos não achavam os atacantes, o time não ficava com a bola e o River pressionava. Aos 12, mais um capítulo da batalha Barco x Rochet. O atacante argentino recebeu na área e bateu de primeira. O goleiro voou e salvou.

O sufoco do River deu resultado aos 20. Solari, que tinha acabado de entrar, foi lançado. Renê errou o bote e o atacante entrou sozinho na área. Seu chute foi perfeito, no canto, sem chances para Rochet: 1 a 1.

Coudet começou a trocar e tentar reequilibrar o jogo. Em um primeiro momento, tirou Wanderson e Bustos, colocou Igor Gomes e Campanharo. Sem resultado, trocou Valencia e Aránguiz por Rômulo e Luiz Adriano. 

O River seguia martelando. Barco, mais uma vez, bateu de longe, com efeito. Rochet defendeu de novo. Logo depois, Aliendro mandou de primeira, da intermediária, e a bola roçou na trave, para fora.

Era pressão demais. Aos 33, o River alcançou a vitória. Novamente com Solari. Em um chutão para cima, o Inter não conseguiu ficar com a bola. Beltrán pegou a sobra e lançou o atacante em velocidade. Na cara de Rochet, teve tranquilidade para tirar do goleiro e fazer o 2 a 1.

No final, Coudet ainda colocou Pedro Henrique no lugar de Alan Patrick. Mas o River pelo primeiro tempo e o Inter, pelo segundo, ficaram satisfeitos. A decisão é no Beira-Rio. Resta ver se o Inter voltou vivo.

LIBERTADORES — OITAVAS DE FINAL (IDA) — 1/8/2023

RIVER PLATE (2)
Armani; Casco, González Pírez, Paulo Díaz e Enzo Díaz; Enzo Pérez (Solari, 18’/2ºT), Aliendro, Barco, Nico de la Cruz (Simon, 41’/2ºT) e Nacho Fernández (Palavecino, 35’/2ºT); Beltrán (Matías Suárez, 41’/2ºT). Técnico: Martín Demichelis

INTER (1)
Rochet; Bustos (Campanharo, 22’/2ºT), Vitão, Mercado, Renê; Johnny, Aránguiz (Rômulo, 28’/2ºT), De Pena e Wanderson (Igor Gomes, 22’/2ºT); Alan Patrick (Pedro Henrique, 41’/2ºT) e Enner Valencia (Luiz Adriano, 28’/2ºT). Técnico: Eduardo Coudet

GOLS: Valencia (I), aos 46 minutos do primeiro tempo; Solari (R), aos 20 e 33 do segundo;
CARTÕES AMARELOS: Nacho Fernández, González Pírez; Bustos, Mercado, Aránguiz, Johnny, Pedro Henrique;
LOCAL: Monumental de Núñez, Buenos Aires;
PÚBLICO E RENDA: não divulgados;
ARBITRAGEM: Jesús Valenzuela, auxiliado por Jorge Urrego e Tulio Moreno (todos da Venezuela). VAR: Juan Lara (do Chile).

PRÓXIMO JOGO
SÁBADO, 5/8 — 18H30MIN
INTER X CORINTHIANS
BEIRA-RIO — BRASILEIRÃO (18ª RODADA)

Por GZH / Imagem: Reprodução TyC Sports