Três em cada 10 pessoas endividadas no Brasil tinham contas em atraso no mês de agosto, ou seja, estavam inadimplentes.
É o que mostra a mais recente Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, realizada mensalmente pela CNC, a Confederação Nacional do Comércio.
Os números revelam que o percentual de famílias endividadas caiu de 78,1% para 77,4%, na passagem de julho para agosto. Em contrapartida, o volume de consumidores com dívidas atrasadas chegou a 30%, o que é a maior proporção desde novembro de 2022.
Além disso, o total de pessoas que afirmaram não ter condições de pagar dívidas de meses anteriores é o maior da série histórica, 12,7% do total de consumidores do País.
Lembrando que são considerados endividados aqueles que têm algum tipo de compromisso financeiro a pagar, como compras parceladas no cartão de crédito, financiamento de casa ou carro, boletos, empréstimos, por exemplo.
Já os inadimplentes são aqueles que têm uma ou mais dessas dívidas já vencidas, que não foram pagas.
Na avaliação da CNC, o que ajuda a explicar a queda do endividamento em agosto é a inflação um pouco menor e o mercado de trabalho formal absorvendo pessoas, o que faz com que menos consumidores precisem recorrer ao crédito.
No entanto, os juros elevados são a principal entrave para que os compromissos sejam pagos em dia.