Neste ano, o estado registrou 4.079 focos de calor durante estes dois meses. Já em 2022, foram 9.618 focos no mesmo período.
Entre os biomas, a Amazônia foi o que registrou a maior redução, de 64,3%. Foram 2.540 focos de calor em 2023, contra 7.124 focos, em 2022. Já no Cerrado, a redução é de 39,8%, com 2.453 focos no ano passado e 1.498 focos neste ano. Por fim, no Pantanal o número se manteve estável com 41 focos em ambos os anos.
“A redução de 57,5% no registro de focos de calor demonstra a importância e a boa aplicação dos investimentos do Governo do Estado na prevenção e combate aos incêndios florestais. Neste ano são R$ 38 milhões exclusivamente para esta finalidade”, destaca a secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti.
A gestora lembra ainda que muitas aquisições são de bens permanentes e que estruturam as forças de segurança por muitos anos, como a aquisição de um helicóptero exclusivo para combate aos crimes ambientais e a ampliação de bases do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso (CBMMT).
Desde 2019, o Governo já investiu R$ 105,6 milhões em ações de reforço contra incêndios:
- Batalhão de Emergências Ambientais e implantação do centro de monitoramento via satélite
- 5 novas unidades dos Bombeiros, sendo duas na capital e uma em Poconé, Santo Antônio do Leverger e Pontes e Lacerda
- Reestruturação de quartel em Sinop
- Reforço na frota com mais 4 aeronaves
- 4,2 mil novos uniformes aos Bombeiros
- 3,9 equipamentos de combate aos incêndios, sendo capacetes, motobombas, sopradores e roupas de proteção
- 260 veículos
- Materiais e equipamentos diversos
Estão em andamento a reforma e ampliação da 6ª Companhia Independente de Primavera do Leste, construção da nova unidade da 10ª companhia Independente de Sorriso, compra e locação de 98 viaturas e a ampliação do efetivo com a convocação de 115 bombeiros que passam pelo curso de formação.
Janeiro a agosto
Mato Grosso também registra redução de 38,2% entre 1º de janeiro a 31 de agosto de 2023, em comparação com 2022. Na Amazônia, a redução é de 38%; no Cerrado, 34,7%; e, no Pantanal, houve estabilidade, sem aumento ou redução de registros.
Período Proibitivo
Desde 1º de julho está proibido o uso do fogo em áreas rurais, conforme o decreto nº 259/2023. O documento declara situação de emergência ambiental entre os meses de maio e novembro, o que possibilita a mobilização de esforços governamentais para a prevenção e combate aos incêndios e as contratações e aquisições necessárias ao período de alto risco de incêndios florestais.
“Além dos investimentos, o decreto nº 259, que estabeleceu o período proibitivo, foi fundamental para o Estado atingir esses números. Esse período de seca é totalmente propenso a incêndios florestais, então é muito importante que essa medida esteja em vigor. Quem for identificado fazendo uso do fogo na área rural durante este período será penalizado. É tolerância zero”, afirma o comandante-geral dos Bombeiros, Alessandro Borges.
“Estamos 24h por dia monitorando com satélites de alta tecnologia os focos de calor em todo o estado. Com isso, conseguimos distribuir melhor nossas equipes e garantir eficiência nos atendimentos para que o meio ambiente seja preservado”, completa o comandante do Batalhão de Emergências Ambientais (BEA), Marco Aires.
Para o combate de incêndios florestais e desmatamento ilegal neste ano, o Governo investe R$ 77,4 milhões, um aumento de 29% em relação com o ano passado, quando era R$ 60 milhões.
Fonte: José Lucas Salvani e Lorena Bruschi Secom-MT e Sema-MT