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Acadêmicos da UFMT visitam centro de pesquisa da Fundação Rio Verde

Foto: Assessoria

Um grupo de acadêmicos do curso de Agronomia da Universidade Federal de Mato Grosso visitou o centro de pesquisa da Fundação Rio Verde no sábado (07). Eles foram recepcionados por pesquisadores e conheceram um pouco da trajetória da instituição que atua para atender demandas do setor produtivo regional.

Na primeira parte da visita, os futuros agrônomos acompanharam uma palestra sobre nematóides e conheceram um pouco do trabalho de pesquisa desenvolvido pela equipe de pesquisadores da Fundação.

Em seguida o grupo visitou a oficina de máquinas mantida para atender a rotina de trabalho dos pesquisadores. Os acadêmicos notaram que o funcionamento da Fundação Rio Verde se assemelha ao de uma propriedade rural, com todos os cuidados preventivos nos maquinários e estocagem de insumos.

A terceira parte da visita foi a campo e que mais deixou os visitantes entusiasmados. Guilherme Favoretto, que está no sétimo semestre de Agronomia, avaliou a visita como muito proveitosa. “Na nossa universidade ou lá perto da UFMT em Sinop, a gente não tem a oportunidade de conhecer o que a gente viu hoje sobre hematoides, a visita técnica no campo, visita no barracão de máquinas. Ter essa experiência, fora da faculdade, para nós é muito bom, um conhecimento extra absurdo”, disse.

O balanço da visita foi positivo mesmo para quem já está formado e até estagiou na Fundação Rio Verde, como é o caso de Carlos Guilherme Teodoro. Ele aproveitou a vinda e, como está fazendo mestrado, pediu para participar da caravana. O agrônomo elogiou o trabalho de pesquisa e apoio prestado pela Fundação ao produtor e observou que essa iniciativa tem reflexo direto no desenvolvimento regional do segmento agrícola. “É uma região que está cada vez crescendo mais. Ter uma empresa, um programa de pesquisa aqui nessa região é muito importante para o produtor daqui”. Carlos aproveitou para atualizar as informações de seu mestrado, já que a tese defendida tem a ver com pesquisas desenvolvidas para identificar uma anomalia da soja. “A gente vem trabalhando desde a safra passada, desde quando começou o relato de anomalia na soja. A partir da safra passada que a gente pegou mesmo para ver fazer as avaliações. A gente está tentando focar mais no controle ambiental da anomalia, porque não é um fungo conhecido ainda, não sabe qual é o agente causal”, explicou.

Professora de Fitopatologia da UFMT de Sinop, Solange Maria Bonaldo avaliou de forma positiva a visita à Fundação Rio Verde. Solange observou que a parceria entre as instituições é fundamental para que os futuros agrônomos consigam ver na prática o conteúdo aplicado em sala de aula. “É muito importante essa parceria com a Fundação Rio Verde. Há anos que a gente vem com os nossos estudantes para mostrar um pouquinho dessa outra realidade, de uma instituição que faz pesquisa sem viés financeiro, mas principalmente para atender o produtor e eles podem acompanhar e aprender um pouquinho de como que são feitas as pesquisas”, destacou.

A professora observou ainda que durante a visita ao centro de pesquisa os acadêmicos puderam fazer questionamentos sobre o plantio de culturas com diferentes períodos de semeadura para acompanhar o desenvolvimento das plantas, o comportamento diante de possíveis patógenos, como é direcionado o tratamento. “E o que isso vai refletir depois no campo. Essa informação gerada aqui posteriormente, daqui 1 ou 2 anos, vai ser aplicada pelo produtor no campo”, pontuou.

Além dos aspectos técnicos, a professora da UFMT apontou ainda que visitas como essas ajudam no desenvolvimento das carreiras dos futuros agrônomos. “É uma oportunidade de fazer um networking e se apresentar para esse campo de trabalho e, quem sabe, futuramente conseguir uma vaga de estágio, ou até mesmo uma vaga para profissionais. Nós já tivemos alguns dos nossos egressos que trabalharam aqui na Fundação e nós temos hoje, por exemplo, uma das ex-estudantes, nossa egressa de mestrado, que está trabalhando na Fundação que é sempre uma vitrine”.

A visita de acadêmicos também é importante para a Fundação Rio Verde. A pesquisadora Luana Belufi explica que o papel da instituição é difundir o trabalho de pesquisa para a comunidade, principalmente para quem almeja atuar neste segmento, e assim ter profissionais comprometidos com o futuro do agro. “A gente tem procurado difundir o que a gente faz passando essas informações do que é realizado, quais são as nossas pesquisas para os estudantes”.

A pesquisadora informou que a Fundação Rio Verde está de portas abertas para atender instituições ou pessoas interessadas em conhecer o trabalho desenvolvido no local. “Estamos de portas abertas o ano todo para receber essas instituições que tenham interesse em trazer seus alunos para conhecer, na prática, o que é a instituição, conhecer como funciona uma pesquisa e os setores, e como são conduzidos no campo. Também é possível, caso algum aluno também tenha esse interesse, pode entrar em contato com a gente para vir conhecer a nossa estrutura”, concluiu Luana.

Fonte: Verbo Press

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